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Investir em juros compostos pode ser a ‘bola de neve do bem’ que engorda a carteira dos investidores. Para alcançar o efeito multiplicador dos juros compostos, é importante reinvestir os lucros do investimento. Produtos de renda fixa como Tesouro Direto e CDBs reinvestem automaticamente, enquanto ações que pagam dividendos exigem reinvestimento manual. Começar a investir cedo e manter uma estratégia clara são essenciais para maximizar os rendimentos.
Como investir em juros compostos? Essa é a pergunta que muitos se fazem, afinal é sabido que juros sobre juros podem ser a “bola de neve do bem”, que engorda a carteira dos investidores. Pois saiba que para alcançar o tão desejado efeito multiplicador dos juros compostos há alguns produtos e táticas a priorizar.
Para te ajudar a entender o que são os juros compostos e como usá-los a seu favor, a Inteligência Financeira conversou com Jenni Almeida, especialista em finanças formada pela Harvard Business School e CEO da consultoria financeira Invest4U.
O que são juros compostos?
De acordo com Almeida, falar em juros compostos nada mais é que “o processo em que os juros ganhos sobre um investimento são reinvestidos, gerando novos ganhos sobre o valor total (capital + juros)”.
A especialista usa o exemplo da bola de neve. “Imagine uma bola de neve: à medida que ela rola, ela cresce mais rápido à medida que acumula mais neve, e o processo acelera com o tempo. É assim que os juros compostos funcionam: quanto mais tempo o dinheiro fica investido, maior é o retorno, pois os juros começam a gerar mais juros”, explica.
Portanto, falamos em juros compostos quando você reaplica os lucros do seu investimento. E, assim, tem um novo total que te permite obter um retorno ainda maior. Isso pode acontecer quando o lucro já é reaplicado automaticamente. Ou, por outro lado, quando você reinveste o valor recebido.
Como calcular os juros compostos?
Vamos ver o efeito dos juros compostos em um cálculo na prática. Por exemplo: você investe R$ 1.000 a juro de 10% ao ano. Logo, em 12 meses você terá um lucro de R$ 100 e ficará com R$ 1.100.
No entanto, se você mantém os R$ 1.100 nesse mesmo investimento, no ano seguinte seu lucro não será mais de apenas R$ 100. Com o efeito dos juros compostos ele sobe para R$ 110. Portanto, o total passa a ser de R$ 1.210. No ano seguinte, o lucro já vai passar para R$ 121 e assim cresce sucessivamente.
Como investir em juros compostos?
O investidor que quiser se beneficiar desse fenômeno não deve buscar saber como investir em juros compostos necessariamente. Isso porque não se trata de um produto que tem este nome. Na realidade, ele deve estar atento ao funcionamento do produto desejado e manter o investimento por um prazo maior.
Por exemplo: de acordo com Jenni Almeida, na maior parte de produtos de renda fixa, como o Tesouro Direto e o CDB, o reinvestimento acontece automaticamente. O investidor só perde o efeito dos juros compostos, portanto, se ele sacar os recursos de forma antecipada.
Por outro lado, há uma exceção no próprio Tesouro Direto: o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais. Títulos que pagam bônus periódicos antecipam ao investidor uma parte da rentabilidade que ele teria ao final da aplicação.
No entanto, como esse dinheiro vai para o bolso de quem investiu, ele deixa de estar no investimento com efeito multiplicador.
O mesmo vale para quem investe em ações que pagam dividendos. “Nesse caso, o investidor precisa optar por reinvestir os ganhos manualmente para capturar o efeito dos juros compostos”, afirma a especialista.
“Para identificar investimentos com juros compostos, observe se o rendimento é acumulado no saldo investido ou se é pago separadamente. Se for acumulado, ele terá o efeito multiplicador dos juros compostos”, completa Jenni Almeida, CEO da franquia de consultoria financeira Invest4U.
Como fazer o investimento render mais
De acordo com a especialista, “para maximizar o efeito dos juros compostos, o investidor precisa, primeiro, investir com consistência e o mais cedo possível”. Portanto, quanto antes começar, maior será o fator multiplicador no investimento.
Para Jenni Almeida, é importante é escolher produtos que acumulem rendimentos ao longo do tempo. Por exemplo, fundos de ações, previdência privada e títulos de longo prazo.
“E, por fim, manter uma estratégia clara, sem se deixar levar por oscilações de mercado a curto prazo, garantindo que o dinheiro tenha tempo suficiente para crescer exponencialmente”, afirma.