Como montar uma carteira de criptomoedas?
Bitcoin, etherium, polkadot: o mercado está cheio de opções. É importante tomar alguns cuidados para fazer boas escolhas
Mesmo com o vai e vém e as turbulências do mercado, o interesse e a demanda pelo bitcoin aumentaram em 2021. É o que aponta um estudo feito pela Grayscale Investments. Em uma pesquisa com mil pessoas, cerca de um quarto disse que já possui a moeda em carteira, enquanto 55% disseram que passaram a investir neste ano. As quedas recentes, principalmente do bitcoin, assustam e espantam muitos investidores. Mas quem gosta de emoção não pode ignorar as moedas digitais.
Se você também começou a apostar na criptos recentemente ou pretende investir em breve, deve ter alguns cuidados. Vitor Nicola, head de performance da Quattro Investimentos, ressalta que antes de tudo é preciso estudar o assunto. “Você precisa conhecer onde está entrando e investindo. Cada criptomoeda é um projeto criado com o objetivo de sanar uma dor no mercado. Partindo desse princípio, você precisa estudar e conhecer bem cada protocolo. Enquanto estiver investindo, tem que estar se informando”, ressalta.
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Como montar uma carteira de cripto?
Além de entender como funciona o universo das criptomoedas, Vitor explica que, para montar uma carteira, você precisa prestar atenção ao market cap do ativo – ou seja, a quantidade de capital que a criptomoeda tem. Isso dá uma noção do tamanho de cada uma. “Hoje a principal delas é o bitcoin. Em segundo lugar, a ethereum. E aí temos outras que estão se destacando, como polkadot e solana. Quanto maior o market cap dessas moedas, menor será o risco de ter um prejuízo gigantesco. O bitcoin dificilmente vai cair 90% do seu valor muito rápido, pois tem um market cap grande”, explica Vitor.
Se você tem um patrimônio e quer investir parte dele em criptomoedas, é importante se concentrar nos ativos com projetos mais consolidados. Para entrar com pouco dinheiro, pode investir em algumas criptomoedas mais novas, que têm chance de valorizar. “É importante lembrar que da mesma forma que esses ativos têm a capacidade de explodir, tem também a capacidade de perder muito fácil o capital”, ressalta Vitor.
Qual criptomoeda escolher?
Antes de escolher as criptos que vão compor sua carteira de investimentos, você precisa conhecer os projetos e as empresas por trás desses ativos. “Cada uma nasceu com uma determinada função. Temos criptomoedas para meios de pagamentos, para armazenamento de dados, processamento de dados e vários outros objetivos. Você não pode investir sem saber onde está colocando seu dinheiro. Se é algo factível e se é um projeto que deve ir para frente”, explica Vitor.
Estratégia de investimento
Depois, você precisa ter uma estratégia de investimento. “Se você quer maximizar o lucro, deve olhar para as moedas mais novas que ainda não tiveram um ganho de capital muito grande. Mas, essas mesmas moedas podem falhar, são as mais arriscadas. Você precisa entender qual risco quer tomar. Embora você esteja entrando em um mercado extremamente volátil para qualquer cripto, ainda consegue dosar esse risco.”
Projetos novos podem trazer retornos maiores do que os mais consolidados, como bitcoin e ethereum, mas também podem te fazer perder dinheiro em poucos dias. “A estratégia de investimentos precisa estar bem traçada. Você pode diversificar, garantindo a longo prazo um bom retorno com as criptos mais consolidadas, mas também apostando um pouco em moedas novas que podem ter um ganho exponencial. Depende da estratégia de investimento e do quanto você vai investir”, afirma Vitor Nicola, da Quattro Investimentos
Comece aos poucos
Seja investindo em bitcoin, ethereum ou outra moeda digital menos conhecida, comece com uma pequena parcela do seu patrimônio. Por ser um mercado volátil e de alto risco, o ideal é que você comece aos poucos e jamais coloque todo seu dinheiro nesses ativos. “Minha sugestão é nunca investir mais do que 10% do capital nas criptos e ter sempre uma carteira diversificada“, ressalta Ricardo Hiraki, analista financeiro e diretor da Plano Fintech.
Cuidado com as corretoras
Por fim, escolha bem a corretora (também chamada de exchange), qué o ambiente por onde você fará o investimento. Pesquise sobre a empresa e seu histórico. Evite colocar seu patrimônio em corretoras recém-criadas ou pouco conhecidas. “Escolha uma corretora séria, que tenha história no mercado. As chances de uma empresa grande ser hackeada ou não te pagar são bem menores. Dessa forma, você garante a segurança do seu dinheiro”, ressalta Vitor.