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Bitcoin: analista vê aumento de investidores de longo prazo
O bitcoin e o ethereum operam em alta nesta terça-feira (23) após a principal das criptomoedas ter encostado nos US$ 21 mil na correção de ontem. No mercado tradicional, os investidores ensaiam uma recuperação depois da forte baixa dos principais índices acionários dos Estados Unidos na véspera.
Perto das 9h17 (horário de Brasília) o bitcoin subia 0,9% a US$ 21.447 e o ether, moeda digital da rede ethereum, avançava 2,9% a US$ 1.617, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas é de US$ 1,07 trilhão. Em reais, o bitcoin tem leve variação negativa de 0,06% a R$ 110.642 e o ethereum se desvaloriza em 0,3% a R$ 8.393, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Segundo André Franco, chefe de análise do MB, o bitcoin parece ter encontrado um patamar de suporte nos US$ 21 mil depois da derrocada de sexta (19) e os dados on chain contam uma história animadora para os comprados na criptomoeda. “A maturação dos bitcoins nas mãos de investidores de longo prazo está acontecendo em um ritmo bem acelerado, que não se via desde julho de 2021. No último mês, mais de 200 mil bitcoins maturaram nas mãos de investidores de longo prazo”, conta.
Para Franco, o cenário macroeconômico ainda não é muito claro, mas nem a euforia das semanas anteriores nem o desespero da última sexta condizem com a mensagem que o Federal Reserve está passando em suas decisões de política monetária. “O humor do mercado mudando de maneira tão rápida mostra a falta de clareza”, afirma.
Entre as notícias, quarenta das maiores empresas do mundo investiram US$ 6 bilhões em companhias de blockchain de setembro a junho, de acordo com estudo da Blockdata, que analisou o investimento das 100 maiores empresas em valor de mercado do planeta. A Alphabet, controladora do Google, sozinha, arrecadou US$ 1,5 bilhão para empresas ligadas a blockchain e criptomoedas.
Também no radar, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, insinuou pelo Twitter que uma grande corretora praticava “front running”, uma prática relacionada ao uso ilegal de informações privilegiadas. Especulou-se que a corretora à qual o bilionário se referia poderia ser a FTX, de Sam Bankman-Fried.
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