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Vale (VALE3): indústria na China vai surpreender e vendas em 2024 virão com força
Empresas citadas na reportagem:
No dia seguinte à divulgação do balanço financeiro do quarto trimestre de 2023, o presidente da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo, afirmou que a maior empresa da bolsa de valores começou 2024 com força. “Estamos em um ritmo acelerado para apresentar um ótimo desempenho neste ano”, disse.
A Vale superou as expectativas dos analistas ao acelerar a geração de caixa no quarto trimestre do ano passado. O resultado veio após melhora no desempenho operacional e na cotação do minério de ferro, que nos últimos três meses do ano passado ficou com preço médio de US$ 128.
Assim, o Ebitda da Vale alcançou US$ 6,334 bilhões, uma alta de 37% quando comparado a igual período de 2022. As receitas chegaram a US$ 13,054 bilhões, avanço de 9% na mesma base de comparação.
“O nosso desempenho no quarto trimestre foi sólido. Nós cumprimos os nossos guidances (para o período)”, disse Bartolomeo, durante teleconferência para analistas e investidores nesta sexta-feira (23).
Vale: compras da China vão bem
Os analistas dos bancos brasileiros e estrangeiros estavam preocupados sobre o processo de desaceleração da China. O país é grande comprador de minério de ferro da Vale e tem impacto nos resultados da empresa para o decorrer do ano.
No entanto, o vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro da Vale, Marcello Spinelli, afirmou que, a despeito do crescimento historicamente menor da China em 2023, o país asiático se mostra resiliente.
“Nós vimos vários indicadores, de (produção) de alto-forno. E tudo indica que a produção (siderúrgica) vai ser maior do que antes. Acho que poderá superar a projeção feita pelo país”, diz o executivo da Vale.
Além disso, Marcello Spinelli também destaca um crescimento esperado de 5% a 10% nas exportações para outros mercados além da China. Entre eles, Europa e Japão, que experimentam o início de um aquecimento.
Apesar de um descompasso na comparação com a China e com os países emergentes, espera-se que os bancos centrais de Europa e Japão reduzam os juros. Isso deve aquecer a economia desses países.
Mariana: desembolso de R$ 34,7 bi
No final de janeiro, a Vale, assim como a BHP, sócia em uma joint venture para a exploração de minério de ferro, foi sentenciada a pagar US$ 9,7 bilhões em compensações ambientais, após desastre de Mariana, em Minas Gerais. A decisão foi da Justiça Federal em 2015.
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que o processo de negociação continua. Segundo ele, uma solução deve ser encaminhada até o segundo semestre.
“Continuamos a negociar um acordo definitivo de reparação em Mariana”, afirmou.
Segundo o CEO da Vale, a companhia já fez a reparação para 460 mil pessoas em Mariana, com indenizações. Cerca de 85% das soluções de moradia foram entregues, num desembolso de R$ 34,7 bilhões.
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