Queda de 35%: Vale (VALE3) registra lucro de US$ 2,418 bi no 4º tri

A dívida líquida expandida, que inclui provisões relativas a Brumadinho e Samarco/Fundação Renova, atingiu US$ 16,164 bilhões, crescimento de 14,3%

A Vale (VALE3) apresentou lucro líquido de US$ 2,418 bilhões no quatro trimestre de 2023, queda de 35% ante igual período de 2022 e 14,7% a menos na comparação trimestral.

No total de 2023, a mineradora somou US$ 7,983 bilhões em lucro, queda de 52,2% em relação a 2022, informou a empresa em seu balanço de resultados, divulgado na noite desta quinta-feira (22).

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em US$ 6,334 bilhões no quarto trimestre, resultado 37% acima do registrado no último período de 2022 e 51,6% maior na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Considerando todo o ano de 2023, o Ebitda somou US$ 17,961 bilhões, 9,1% abaixo do registrado em 2022.

As receitas no 4tri23 somaram US$ 13,054 bilhões, variação de 9,3% na comparação com o 4tri22. Em relação ao trimestre anterior, quando a cifra foi de US$ 10,623 bilhões, houve avanço de 22,8%. No acumulado, o indicador foi de US$ 41,784 bilhões, valor 4,6% abaixo ante 2022.

Investimentos

A companhia realizou, no quarto trimestre do ano passado, investimentos de US$ 2,118 bilhões, avanço de 18,5% ante igual período de 2022. Ao longo de 2023, os investimentos somaram US$ 5,920 bilhões, volume 8,7% a mais que no ano anterior.

De acordo com a Vale, o avanço de 18,5% na comparação anual para os investimentos aconteceram em função, principalmente, de maiores investimentos nos projetos de Soluções de minério de ferro, especialmente Capanema e Estrada de Ferro Carajás, e aos maiores investimentos para melhorar as operações de mina de Metais para Transição Energética.

Dívida, custos e despesas

A dívida líquida terminou o quarto trimestre de 2023 em US$ 9,56 bilhões, aumento de 20% ante o mesmo intervalo de 2022. Já os custos e despesas totais – excluindo Brumadinho e descaracterização de barragens – foram de US$ 7,278 bilhões no quarto trimestre, retração de 7,8% em relação a igual período de 2022.

De outubro a dezembro do ano passado, as despesas relacionadas a Brumadinho e à descaracterização de barragens somaram US$ 396 milhões, valor 5,6% maior que o registrado no último trimestre de 2022.

As provisões relativas a Brumadinho e à descaracterização de barragens atingiram US$ 3,060 bilhões, cifra 7,6% menor que no quarto trimestre de 2022.

A dívida líquida expandida, que inclui provisões relativas a Brumadinho e Samarco/Fundação Renova, atingiu US$ 16,164 bilhões, crescimento de 14,3% na comparação com o último trimestre de 2022.

A cifra foi influenciada por um incremento na provisão de US$ 1,2 bilhão realizado no quarto trimestre de 2023, relacionada ao rompimento da barragem da Samarco e a um potencial acordo global com as autoridades brasileiras.

Com informações do Estadão Conteúdo

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