Resposta da Hectare à Inteligência Financeira

A reportagem “HCTR11: FII corre risco de suspensão por não ter balanço aprovado? Entenda o que isso significa” é especulativa, pode induzir o investidor em erro e lesar os cotistas

A reportagem “HCTR11: FII corre risco de suspensão por não ter balanço aprovado? Entenda o que isso significa”[1] é especulativa, pode induzir o investidor em erro e lesar os cotistas.

O título da matéria elucubra sobre a possibilidade de suspensão do FII.

E, contraditoriamente, o faz apesar de a B3 ter declarado não haver “violação das regras previstas no Regulamento de Emissores”.

Além disso, o único “especialista” que a matéria se dignou a identificar, o advogado Adilson Bolico, afastou a possibilidade de suspensão do FII, que só ocorreria em “‘última análise’”.

No mais, é curioso não terem sido identificados quaisquer dos “gestores e analistas” que teriam sugerido chance real de suspensão da HECTARE.

Ao sonegar as demais fontes –– principalmente o anônimo “gestor de um grande FII da Faria Lima” — o Inteligência Financeira impede que os leitores, a HECTARE, seus cotistas e investidores apurem as informações, verificando, por exemplo, se seriam provenientes de alguém potencialmente interessado na desvalorização do ativo.

A propósito, essas mesmas pessoas não identificadas sugerem que a abstenção da empresa de auditoria se deu pela sonegação de informações por parte da HECTARE, o que é mentira.

Em seus Relatórios Gerenciais, publicados mensalmente, os gestores do HCTR11 apresentam informações pormenorizadas, que podem ser acessadas por todos e que serviram, inclusive, para elaboração da matéria em questão. Portanto não há como questionar a transparência da gestão do fundo.

O “Inteligência Financeira” ainda errou ao afirmar que a cota do HCTR11 teria sido “marcada à mercado”, bem como ao qualificar o fundo como uma “instituição financeira”.

Enfim, alardear a irreal possibilidade de proibição de comercialização do HCTR11, ou a aplicação de multa de R$ 50.000.000,00, ainda mais se valendo de fontes anônimas, é uma conduta gravíssima e prejudicial aos mais de 190 mil cotistas.

[1] – veiculada em 20 de fevereiro de 2024, com chamada de capa.