‘Faraó dos Bitcoins’ é processado pela CVM e barrado pela Justiça Eleitoral

Glaidson Acácio dos Santos, que havia sido preso por fraude com criptomoedas, teve sua candidatura a deputado federal impugnada pelo TRE-RJ

Faraó dos Bitcoins, Glaidson Acácio dos Santos. Foto: Reprodução/TV Globo
Faraó dos Bitcoins, Glaidson Acácio dos Santos. Foto: Reprodução/TV Globo

Em agosto do ano passado, Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, foi preso por estar envolvido em um esquema fraudulento com criptomedas.

Dessa forma, o ex-empresário permanece preso por coordenar um sistema de pirâmides financeiras com moedas digitais.

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Ainda assim, o dono da GAS Consultoria e Tecnologia, decidiu se candidatar a deputado federal, pelo partido Democracia Cristã. Porém, de acordo com informações da Agência Brasil, a candidatura do “Faraó dos Bitcoins” foi indeferida pela Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro.

‘Faraó dos Bitcoins’ teve candidatura impugnada por unanimidade

Então, como justificativa para tal atitude, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) usou de argumento o fato de que Santos é dirigente de um estabelecimento financeiro objeto de processo de liquidação.

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Diante disso, o TRE-RJ decidiu, por unanimidade, impugnar a candidatura do ex-empresário.

Inclusive, o relator do processo, desembargador Luiz Paulo da Silva Araújo Filho, ressaltou que o “Faraó dos Bitcoins” é acusado de crimes federais, incluindo ligações com a milícia.

CVM abre processo contra o ex-empresário

Além disso, Santos também se tornou alvo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi o que apurou uma reportagem de O Globo.

O processo, que estava sendo investigado apenas em âmbito criminal, foi levado à esfera administrativa.

Aliás, pelos cálculos do Ministério Público Federal (MPF), Santos movimentou cerca de R$ 38 bilhões, com milhares de vítimas do esquema.

Quando o esquema da GAS foi a público, em 2019, a CVM chegou a apurar as denúncias contra o ex-empresário. Entretanto, a Comissão chegou à conclusão de que, apesar dos indícios apontarem para pirâmide financeira, não envolvia valores mobiliários, não se enquadrando, portanto, no mercado de capitais regulado.

Diante disso, a CVM não tinha bases legais para acusar os envolvidos na esfera administrativa, cabendo apenas a comunicação dos indícios ao MPF para investigação criminal.

Mas, agora, a área técnica do órgão mudou sua interpretação. Isso porque, eles passaram a ter acesso aos documentos que levaram à prisão de Santos e ao fechamento da empresa.

A partir daí, chegaram à comprovação de que os investidores foram prejudicados, cabendo abertura de processo.

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