Parceria de Caixa Econômica com startup facilita investimento para PJ
A Caixa Econômica Federal fechou sua primeira parceria estratégica com uma startup para reformular a plataforma de gerenciamento financeiro para pequenos e médios empreendedores (PME) e vai ajudar com soluções de crédito e investimento para PJ.
A colaboração feita com a fintech Celero busca otimizar o acompanhamento das finanças de pequenas empresas com a ajuda de dicas financeiras para contratação de crédito e alocação em investimentos para CNPJ, como contas em CDI, além de produtos da Caixa.
A colaboração tem como objetivo ajudar o público PME a buscar mais crédito dentro do ecossistema bancário da Caixa, além de aumentar a parcela de investimentos PJ do banco.
Além de indicar produtos da parceira, a Celera deve complementar a plataforma de gerenciamento com previsões de saúde financeira para empreendedores, com dicas de quando pode faltar ou sobrar dinheiro no balanço financeiro.
Clientes PJ serão direcionados a investimentos, diz Celera
A parceria configura a primeira colaboração da Caixa Econômica com uma startup do setor de gerenciamento financeiro. Por outro lado, a Celero já possui parcerias com Visa e Sicredi voltadas também para atendimento de pequenas e médias empresas.
O acordo inclui a modificação da Celero deve modificar a página de gerenciamento para clientes PJ da Caixa, que abrange 1,6 milhão de usuários.
Assim, o intuito é informar empresas sobre o fluxo financeiro de seus negócios por meio de uso de inteligência artificial “100% proprietária”, afirmou o diretor executivo de receitas da startup, João Betenheuzer.
De acordo com ele, a partir da nova página de gerenciamento, clientes da Caixa devem receber recomendações da Celero sobre o que fazer com a falta ou excesso de caixa a partir de movimentações da conta corrente.
E, por meio dessas dicas, como no caso de sobra de dinheiro, a startup vai incentivar PMEs a investirem em produtos da Caixa.
“Portanto, se sobra dinheiro para o PME, nós o direcionamos para investimentos em produtos da Caixa, como contas de aplicação automática”, disse Beteheuzer em coletiva nesta quinta-feira (20).
O PME pode, assim, também ser orientado a investir em seguros e a entrar em consórcios da Caixa Econômica. “Levando em conta, claro, as metas individuais do cliente”, completou o executivo da Celero.
No caso de falta de caixa, a ferramenta nova deve oferecer a contratação de crédito, por exemplo.
“O que queremos é levar uma visão de inteligência financeira para o PME. Para dentro dessa experiência para milhões de clientes”, afirmou Beteheuzer.
Caixa quer incrementar estratégia PJ
Para a Caixa, o foco é estratégia de expansão da carteira PJ.
O acordo permite à Caixa Econômica “atender à diversidade de nichos do seu público Pessoa Jurídica” destacou Renan Correia Martino, Diretor Executivo de Clientes.
“Essa parceria representa um grande avanço na oferta de soluções digitais para empresas de todos os tamanhos.”
Além disso, a Celero quer expandir para fora do Brasil e busca bancos parceiros na América Latina, disse Beteheuzer. A empresa busca colaborar com outros bancos no continente que possuam grandes bases de clientes PME.
O executivo afirmou que a expansão no continente se dá pela falta de concorrentes diretos.
“As únicas empresas que fazem a mesma coisa e que consideramos como competidores estão nos Estados Unidos e na Europa”, afirmou. “Temos já conversas dentro da América Latina com demandas suprimidas de outras regiões”, completou o executivo.
Neste sentido, o diretor-executivo de receitas da Celero afirmou que a expansão não deve fugir do padrão de outras empresas latino-americanas do setor financeiro.
Argentina, Colômbia e México costumam ser os maiores mercados para instituições financeiras que querem aumentar sua presença de mercado.
