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O conflito no Oriente Médio e a possibilidade de o Brasil obter grau de investimento pela Moody’s continuam a influenciar a bolsa de valores. O Ibovespa fechou em alta de 0,77%, aos 133.515 pontos, impulsionado pela elevação do rating do Brasil. Nos EUA, as bolsas fecharam em leve alta, enquanto na Ásia, o Nikkei subiu 1,97% e o Hang Seng caiu 1,47%. A guerra pode elevar o preço do petróleo e a cotação do dólar, impactando a política monetária do Banco Central.
Os dois principais fatos da semana devem seguir influenciado a bolsa de valores no Brasil. É que mostra o morning call de hoje. Assim, continua no foco o recrudescimento do conflito no Oriente Médio, agora um embate entre Irã e Israel. Bem como o fato de o país estar a um passo de obter grau de investimento pela Moody’s.
Somando-se a isso, o morning call mostra um dia com agenda econômica pouco relevante.
Espera-se, portanto, que o mercado continue a olhar para o retrovisor em vez de mirar os próximos dias ou semana.
Aliás, o conflito no Oriente Médio pode trazer uma dificuldade a mais para a condução da política monetária por parte do Banco Central e seu Copom. Explica-se: a guerra tende a elevar o preço do petróleo. Assim como a cotação do dólar. E se isso ocorrer, pode resultar um aumento até então fora da expectativa da Selic, a taxa básica de juros brasileira.
Vamos mostrar agora como foram os fechamentos do dia
Morning call e a bolsa brasileira
O Ibovespa encerrou a sessão de hoje em alta, repercutindo a notícia de que a Moody’s elevou o rating do Brasil de “Ba2” para “Ba1”, com perspectiva positiva.
O índice, porém, diminuiu o avanço próximo ao fim da sessão diante de um movimento de realização de lucros por parte dos investidores, que buscaram uma posição menos arriscada depois da forte recuperação das ações e em meio à escalada das tensões no Oriente Médio.
No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,77%, aos 133.515 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 133.495 pontos e, na máxima, os 134.922 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 16 bilhões no Ibovespa e R$ 21 bilhões na B3.
E o fechamento nos Estados Unidos
Após uma abertura negativa e oscilações ao longo da tarde, as principais bolsas de Nova York encerraram o dia em leve alta, próximas da estabilidade, ao passo que a continuidade das tensões no Oriente Médio – após o ataque de mísseis do Irã a Israel – diminuíram o apetite ao risco entre os investidores.
O índice Dow Jones teve alta de 0,09%, a 42.196,52 pontos; o S&P 500 subiu 0,01%, a 5.709,54 pontos; e o Nasdaq avançou 0,08%, a 17.925,12 pontos.
Entre as ações, os papéis da Nike foram destaque negativo, fechando em queda de 6,77%, depois que a companhia retirou sua orientação para o ano fiscal de 2025 antes da mudança de CEO.
Confira o fechamento na Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem direção comum.
Com avanço de quase 2% em Tóquio em meio à fraqueza do iene, beneficiando os lucros no exterior dos exportadores japoneses.
As bolsas de Seul e Xangai permaneceram fechadas devido a feriados.
Dessa forma, o índice Nikkei 225 do Japão fechou em alta de 1,97% a 38.552,06 pontos e o índice Hang Seng de Hong Kong recuou 1,47% a 22.113,51.
Assim, o iene tem estado sob forte pressão depois que o novo primeiro-ministro Shigeru Ishiba disse que o Japão não está pronto para um novo aumento de taxa de juros. Quem escreve é o estrategista do ING, Franceso Pesole.
“Com o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, ecoando o tom relativamente moderado de Ishiba ontem, a perspectiva de outro aumento de juros até o final do ano está realmente começando a desaparecer”, diz.
Em Hong Kong as ações caíram com realização de lucros, após fecharem em alta de 6% ontem. Assim, isso encerrou uma sequência de seis sessões a avanços. As ações do setor imobiliário e de montadoras lideraram as perdas, com queda de 8,4% na XPeng e de 7,4% na Nio.