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Morning call: mercado se recupera após surto da segunda-feira e ajusta posições após ata do Copom
Na decisão que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, o Copom sinalizou que pode voltar a subir os juros no Brasil. Isso é o que mostra a ata da reunião divulgada nesta terça-feira (6) pelo Banco Central.
“O comitê avaliará a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante”, diz a ata do Copom.
No exterior, a balança comercial dos Estados Unidos deve ser observada com atenção, assim como o leilão de Treasuries de curto prazo (3 anos).
Os mercados se estabilizaram na manhã desta terça-feira, com o Nikkei do Japão recuperando uma grande parte das perdas brutais registradas na segunda-feira. Confira mais abaixo o fechamento das bolsas na Ásia.
Nos Estados Unidos, os mercados de futuros apontam para ganhos moderados para o S&P 500 nesta manhã de terça, após o índice de referência registrar sua maior queda desde 2022. As ações de Nvidia, Intel e Tesla – estão em alta no pré-mercado, nos Estados Unidos, no entanto, ainda não recuperaram todas as suas perdas do pregão de ontem. Veja mais abaixo fechamento das bolsas nos Estados Unidos.
Os rendimentos dos Treasuries corrigem possíveis excessos na manhã desta terça e se ajustam em alta, após terem anotado forte queda nas últimas sessões diante do apelo por ativos mais seguros.
Por volta de 8h20, a taxa da T-note de dois anos passava de 3,937% no fechamento de ontem para 4,006%; a da T-note de dez anos avançava de 3,798% para 3,864%; enquanto a do T-bond de 30 anos subia de 4,078% para 4,122%.
A questão que os investidores estão se fazendo é: será que o surto do mercado passou ou será que as negociações mais populares do ano – longas em tecnologia, curtas em ienes japoneses – poderão voltar a inverter-se? E, com isso, teríamos mais volatilidade.
A resposta virá nos próximos dias. Fique ligado!
Morning call: como a bolsa de valores fechou na segunda-feira?
O Ibovespa caiu 0,46%, aos 125.270 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 123.073 pontos e, nas máximas, os 125.851 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 18,65 bilhões no Ibovespa e R$ 25,36 bilhões na B3.
O dólar à vista fechou em alta de 0,56%, a R$ 5,7412, após tocar a máxima de R$ 5,8641 e a mínima de R$ 5,7132. Já o euro comercial subiu 1,00%, a R$ 6,2919.
Morning call: no que prestar atenção
A perspectiva de que vem por ai uma recessão nos Estados Unidos – e em um ritmo mais intenso do que o esperado – levou os investidores do mundo a revisarem os seus portfólios.
Do Japão aos Estados Unidos, do Brasil à China, os grandes operadores do mercado financeiro estão, neste momento, reduzindo suas alocações de maior risco. Vendem bolsa, câmbio e até criptomoedas.
No lugar, correm para abocanhar as notas de tesouro dos Estados Unidos. Essa família de ativos nunca atrasou um pagamento. Por isso, é considerada um porto seguro em momentos de forte turbulência.
Leia mais sobre a atual dinâmica do mercado e veja como proteger seus investimentos agora.
Como fecharam as bolsas nos Estados Unidos?
Na segunda-feira, o S&P 500 caiu 3%, marcando seu pior dia em quase dois anos. O Dow Jones despencou 1.033 pontos, ou 2,6%. Enquanto o Nasdaq caiu 3,4%.
As grandes empresas de tecnologia, antes as estrelas do mercado de ações, continuam a murchar.
A Apple caiu 4,8% na segunda-feira depois que a Berkshire Hathaway de Warren Buffett revelou que havia reduzido sua participação na fabricante do iPhone.
A Nvidia, a empresa de chips que se tornou o símbolo da bonança da IA em Wall Street, caiu ainda mais, 6,4%. Analistas cortaram suas previsões de lucros no fim de semana para a empresa após um relatório do “The Information” dizer que o novo chip de IA da Nvidia está atrasado. A venda recente reduziu o ganho da Nvidia no ano para quase 103% de 170% em meados de junho.
Outro gigante digital, a Alphabet, dona do Google, caiu 4,4% depois que um juiz dos EUA decidiu que o motor de busca do Google estava explorando ilegalmente seu domínio para esmagar a concorrência e sufocar a inovação.
Bolsas da Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionadas por compras de ações baratas, nas mínimas, depois da forte queda de ontem. A exceção foi o Hang Seng, de Hong Kong.
Japão
No Japão, o Nikkei subiu 10% a 34675,46, a maior alta diária desde outubro de 2008, depois de recuar 12,4% ontem. O iene também se desvalorizou depois de atingir a mínima de 141,69 ienes ontem, o que deu impulso às bolsas. Ações de eletrômicos e indústria pesada registraram os maiores ganhos. Tokyo Electron subiu 17% e Hitachi Ltd avançou 17%. Por volta das 6h30, a moeda japonesa era negociada ante o dólar a 144,84 ienes.
Coreia do Sul
O índice Kospi da Coreia do Sul subiu 3,3% a 2522,15 pontos, se recuperando das fortes perdas da sessão anterior, impulsionado por compras nas mínimas por investidores buscando por ‘barganhas’. Ações de varejo se destacaram em meio a uma redução dos receios de recessão. Ações de fabricantes de navios e de semicondutores também tiveram alta expressiva. Samsung Heavy Industries e Hanwha Ocean subiram 6,6% e 8,7% respectivamente.
China continental, Hong Kong e Índia
Na China continental, o índice Shanghai subiu 0,2% a 2867,28 pontos, impulsionado pelo forte avanço do Jiangsu Cowin Biotech, de 13%, e da Maider Medical Industry, também subindo 13%.
Já em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,3% a 16647,34, a quarta queda consecutiva, com o índice não conseguindo se recuperar das perdas registradas devido aos temores de recessão nos EUA. As seguradoras foram as principais afetadas, com a China Pacific perdendo 10%, e China Life Insurance caindo 4,5%.
Na Índia, por volta das 6h36, o índice Sensex caía 0,22% a 78.575,38 pontos.
Com informações do Valor Econômico.
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