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Geração de empregos mostra vigor da economia dos EUA; dólar cai e Ibovespa recupera os 104 mil pontos
O governo dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (5) que foram gerados 521 mil empregos pela economia americana (excluindo o setor agropecuário) em outubro, o famoso payroll. O número ficou muito acima da expectativa do mercado, que era de criação de 450 mil postos de trabalho, e está animando os investidores em todo o mundo.
A criação de empregos é um sinal de saúde das economias. Quanto mais contratações, melhor. No caso atual dos EUA, mostra que o país está engatando uma recuperação firme da crise gerada pela pandemia de covid-19 e que a variante delta do novo coronavírus não causou o estrago que se temia. A maior economia do mundo indo bem é uma ótima notícia para as demais nações.
Em reflexo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subia 1,52% por volta das 13h30, para 104.984 pontos. O dólar comercial recuava 1,2%, vendido por R$ 5,549 pelas instituições financeiras a seus clientes corporativos (empresas importadoras, por exemplo). O dólar turismo recuava 0,97%, vendido aos turistas por R$ 5,717.
Há investidores que têm uma visão diferente, no entanto. Uma redução significativa do desemprego pode levar a um corte mais rápido dos estímulos econômicos por parte do Fed (Federal Reserve, o banco central americano). O dinheiro farto no mercado tem alimentado altas da Bolsa nos EUA e em países como o Brasil. A autoridade monetária condicionou a alta nos juros americanos, que hoje estão entre 0 e 0,25% ao ano, à queda do desemprego. Uma recuperação econômica mais rápida do que o esperado pode levar a juros mais altos, o que prejudica ativos de renda variável e encarece o crédito.
Entre os destaques de alta na B3 nesta sexta, estão duas empresas que se beneficiam da queda da moeda americana: as companhias aéreas Gol (+8,8%, a R$ 18,41) e Azul (+10,1%, R$ 28,87). A maior parte dos custos do setor é denominado em dólar, como o combustível de aviação e o leasing das aeronaves.
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