IF Hoje: Fed deve reduzir ritmo de alta de juros, mas manter tom duro sobre inflação

Expectativa do mercado é de elevação de 0,5 ponto percentual da taxa básica, para o intervalo 4,25%-4,5% ao ano

O Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) define nesta quarta-feira (14) a sua taxa básica de juros. Atualmente, a taxa de referência da economia dos EUA está no intervalo 3,75%-4% ao ano.

Depois de quatro aumentos consecutivos de 0,75 ponto percentual, a previsão dos investidores é de diminuição do ritmo de alta, com uma elevação, agora, de 0,5 p.p. – expectativa reforçada, na terça (13), pela divulgação do índice de inflação ao consumidor americano. Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, os preços subiram 0,1% em novembro em relação ao mês anterior e 7,1% no acumulado de 12 meses, quando as estimativas eram de aumentos de 0,3% e 7,3%, respectivamente.

Mas ainda não é o momento de relaxar. O Fed deve manter o tom duro ao comentar sua decisão e as perspectivas para a inflação em 2023. Seu objetivo é fazer o índice de preços recuar para 2% em 12 meses. Para atingir a meta, além de forçar o desaquecimento da economia com a elevação dos juros, a autoridade monetária americana precisa administrar as expectativas da população. Os agentes econômicos (consumidores, empresas, mercado financeiro) têm que acreditar que a inflação vai recuar.

Os investidores também esperam obter, do Fed, indicações de aonde o aumento dos juros vai chegar. As projeções dos analistas são de que atinja 5% ao ano no primeiro semestre de 2023.

Como afeta os investimentos?

O aumento dos juros torna as aplicações em renda fixa mais intressantes do que as alternativas de maior risco, como as ações de empresas negociadas na Bolsa de Valores. Sendo nos EUA, essa elevação acaba atraindo investidores de todo o mundo, que tiram seu dinheiro de mercados emergentes como o Brasil. Assim, o dólar se valoriza ante o real e o Banco Central brasileiro tem que manter os juros altos para tentar convencer os esgtrangeiros a ficar no país.

Agenda do dia

  • 7h – Zona do Euro: Produção industrial (outubro)
  • 9h – Brasil: IBC-Br (outubro)
  • 12h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto
  • 16h – EUA: Decisão de política monetária do Fed
  • 23h – China: Produção industrial e vendas no varejo (novembro)

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