Morning call: bolsa opera de olho no fiscal e cenário externo, após pregão morno com feriado nos EUA

As negociações na B3 devem refletir os dados do setor de serviços na China, que foram divulgados na véspera, pela noite, e mostraram leve melhora, mas em ritmo mais lento do que o esperado

Depois de um pregão morno, com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que por aqui significou uma sessão de poucos negócios e baixa liquidez, a bolsa de valores local deve operar com o cenário externo e o interno no radar.

No cenário local, o investidor acompanha a discussão fiscal. Diante da necessidade de aumentar a arrecadação em aproximadamente R$ 168 bilhões no próximo ano para cumprir a meta de zerar o déficit primário, o mercado passou a exigir prêmios maiores pelos ativos domésticos, especialmente nos mercados de juros. O dia ainda reserva, aqui no país, o desempenho da produção industrial em julho.

Na cena externa, as negociações na B3 devem refletir os dados do setor de serviços na China, que foram divulgados na véspera, pela noite. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China recuou de 54,1 em julho a 51,8 em agosto, enquanto o PMI composto passou de 51,9 a 51,7 no mesmo período. Para o Goldman Sachs, a atividade no setor de serviços chinês continua a melhorar, mas em ritmo bem mais lento do que o esperado.

Mercado ontem

Na segunda-feira (4), os mercados de câmbio e de juros adotaram movimentos bastante contidos na sessão, onde o dólar fechou em leve queda contra o real e as taxas futuras se ajustaram em alta.

O dólar encerrou o pregão cotado a R$ 4,9342, em queda de 0,12%, enquanto no mercado de juros a taxa do DI para janeiro de 2026 subiu de 10,165% para 10,22%. Já o Ibovespa terminou o dia em queda de 0,10%, aos 117.777 pontos.

Agenda econômica da terça-feira (5)

08h: Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp/Ibre-FGV)

09h: Produção industrial de julho (IBGE)

10h: PMI Composto e de Serviços de agosto do Brasil (S&P Global)

Bolsas da Ásia fecham na maioria em baixa, após PMIs da China

Os mercados acionários da Ásia fecharam na maioria em queda, nesta terça-feira, 5. Dados modestos do PMI de serviços da China. A atividade no setor de serviços chinês continua a melhorar, mas em ritmo bem mais lento do que o esperado. Em resumo, o PMI da China reforçou cautela com o quadro na economia do país.

A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,71%, a 3.154,37 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,58%, a 2.060,92 pontos.

Nas ações em Xangai, China Vanke caiu 1,1%, China Merchants Shekou Industrial Zone Holdings teve baixa de 2,7% e China Life Insurance, de 2,4%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 2,06%, a 18.456,91 pontos. Ações de incorporadoras e do setor de tecnologia estiveram sob pressão, com Seazen Group em baixa de 3,3% e Longfor Group, de 4,4%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei foi na contramão da maioria e fechou em alta de 0,30%, em 33.036,76 pontos, encerrando na máxima do dia. O enfraquecimento do iene apoiou ações de exportadoras japonesas. Entre setores, o imobiliário e o de eletrônico tiveram movimento positivo nas ações, com Sumitomo Realty & Development avançando 3,1% e Olympus, 1,9%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou baixa de 0,09% em Seul, a 2.582,18 pontos, após oscilar entre ganhos e perdas ao longo do dia. Ações de transporte naval e do setor de viagens estiveram entre as baixas. Hanwha Ocean caiu 1,8% e Lotte Tour Development, 2,2%. Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,01%, em 16.791,61 pontos, passando ao território positivo na reta final do pregão.

Com informações do Estadão Conteúdo