O presidente do Itaú-Unibanco, Milton Maluhy Filho, disse que o foco da instituição deverá ser o de continuar a investir em tecnologia. Afinal, com isso será possível ganhar eficiência e sustentar a liderança competitiva do banco, além de ampliar os negócios para além dos serviços financeiros. Ou seja, usar de machine learning e aquilo que chama de ‘beyond banking‘.
O executivo participou nesta quinta-feira (15) do Itaú Day, evento organizado pelo banco para repercutir os resultados do primeiro trimestre de 2023 e indicar os caminhos da organização para os próximos períodos.
“A gente tem feito muitos trabalhos na inteligência artificial, machine learning, e a gente entende que essa é uma ferramenta muito poderosa na interação com a nossa força comercial, em toda a agenda de eficiência”, disse. “A gente realmente precisa usar essa tecnologia em benefício do cliente.”
Para o executivo, esse esforço vale tanto para o design de produtos, quanto para eficiência nos processos, para simplificar o relacionamento com o cliente e para ser mais competitivo frente os demais concorrentes.
“Isso vale para todas as interações. No final das contas, tem todo um fio condutor por trás disso. O que a gente quer? Clientes engajados e a gente fala bastante sobre máquina de engajamento”, diz o presidente do Itaú-Unibanco, que afirma que uma das metas do banco é oferecer serviços para além dos tradicionais do sistema financeiro.
Segundo ele, a missão é, com essa estratégia, “entregar negócios e atender bem os clientes, não só em produtos e serviços financeiros, mas entregar ofertas e conhecimento, experiências complementares, potencializando a audiência, a emoção, a capacidade de entregar produtos e de ter contato com os clientes o tempo todo”, analisou
‘Nós trabalhamos os dados o tempo todo’
Maluhy Filho destacou que a agenda de transformação digital colhe alguns frutos importantes no caminho da eficiência da gestão. Segundo ele, o Itaú tem hoje mais de dois-terços de todos os sistemas interligados à plataforma virtual, rodando na nuvem, ou seja, totalmente digitalizados.
“Isso traz uma velocidade, uma agilidade, uma capacidade de reagir às necessidades do cliente de forma incrível”, destacou.
Segundo ele, todos os dados que alimentam o banco e os clientes já estão integrados à essa plataforma. “(Os dados) Já estão 100% na nuvem, fazendo com que a gente vire uma empresa, uma companhia de datacenter, ou seja, uma empresa que olha para dados, trabalha os dados o tempo todo”, afirma.
“A gente não quer atuar como um banco policialesco. Ao contrário, a gente quer se somar aos esforços que as empresas hoje estão fazendo”, diz. “Então, é um processo em que todos nós somos sócios de um objetivo comum e é nesse espírito que a gente vem trabalhando muito forte.”
Maluhy Filho destacou, ainda, os esforços da instituição em frentes como cultura e educação, assim como os investimentos em governança. “Falamos de ‘G’ também, não somente o ‘E’ e o ‘S’. A gente preza pela relação com investidor, preza pela governança, pela qualidade do material que é apresentado, pela profundidade com que a gente entra nos assuntos com vocês e pela qualidade das nossas demonstrações financeiras, que têm sido premiadas mundo afora, comparados com bancos do mundo inteiro”, destaca.