BofA: o que esperar da joint venture entre Totvs e Itaú no negócio Techfin?
A joint venture entre a Totvs e o Itaú relacionada ao negócio Techfin deve ser aprovada pelo Banco Central (BC) ainda no primeiro trimestre de 2023, estima o Bank of America (BofA) em relatório. Aliás, o banco se diz otimista com a parceria e espera que seja um gatilho para a Totvs assim que o negócio for aprovado e a administração divulgar mais informações.
Desse modo, para os analistas Fred Mendes, Lucca Brendim e Mario Pierry, os principais benefícios iniciais que a parceria deve trazer são financiamentos mais baratos e flexíveis. O que permite, assim, que a Techfin seja mais competitiva em mais segmentos e acelere o crescimento.
Adicionalmente, lembram que os demais produtos (que representam 5% da receita) são onde a Totvs vê as principais oportunidades. Visto que a estrutura atual torna esses produtos menos competitivos.
Techfin: investimentos dobrados
Eles destacam ainda que a Totvs manterá seu investimento nominal na Techfin apesar de sua participação de 50%. O que significa que os investimentos devem dobrar. “Acreditamos que a divisão ‘management’ (MGMT) fornecerá mais informações após a aprovação, especialmente para esses produtos”, comentam os analistas.
O Itaú tem valor de mercado de R$ 220 bilhões e lucro líquido esperado pelo BofA para 2022 de R$ 31 bilhões. Diante disso, os analistas acreditam que os benefícios financeiros da joint venture, mesmo que altamente bem-sucedidos, serão limitados para o banco a princípio.
“Vemos a potencial falta de foco como o principal risco para a JV. No entanto, ambos os lados entendem que o negócio é centrado na Totvs e a atual equipe da Techfin continuará a conduzir o negócio com alguns ajustes. Enquanto o Itaú será um facilitador em termos de financiamento e expertise de crédito”, avaliam os analistas.
O Bank of America (BofA) tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 44 para as ações da Totvs, com potencial de alta de 62% sobre a cotação atual.
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