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Ibovespa reduz alta com maioria do STF contra emendas de relator; dólar fecha em queda, a R$ 5,49
A aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados ficou cada vez mais difícil ao longo desta terça-feira (9), levando o Ibovespa, principal índice acionário do país, a reduzir ganhos. Depois de chegar a subir mais de 1%, o Ibovespa fechou em alta de 0,72%, aos 105.535 pontos.
A votação dos destaques (sugestões de mudanças feitas pelos partidos após a votação em primeiro turno, na semana passada) da PEC está em andamento na Câmara, e, logo em seguida, espera-se que aconteça a votação em segundo turno da proposta, que permite que o governo federal adie o pagamento dos precatórios (dívidas judiciais do governo) para acomodar as verbas destinadas ao Auxílio Brasil.
No primeiro turno, a PEC recebeu o “sim” de 312 parlamentares, quatro a mais do que o mínimo para a aprovação. Desta vez, muitos dos deputados que estavam ausentes na sessão da semana passada devem comparecer para apoiar o projeto, nos cálculos da administração Jair Bolsonaro. No começo da tarde, havia quase 500 parlamentares na casa.
Embora o mercado desaprove o descompromisso com o teto de gastos que a PEC significa, entende que é uma opção menos ruim do que outras. Por exemplo, sem a PEC, o presidente da República poderia agir para garantir o financiamento ao Auxílio Brasil por MP (Medida Provisória), um instrumento que dá muito poder ao chefe do Executivo e pode ser menos transparente.
A aprovação da PEC, porém, está ameaçada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Seis dos dez ministros do STF votaram pela suspensão da execução das emendas de relator, que representam cerca de R$ 18,5 bilhões no Orçamento deste ano. A decisão vale até o plenário da Corte julgar o mérito da ação. Sem o “orçamento secreto”, parlamentares podem desistir de apoiar o governo na votação da PEC.
Além disso, o PDT sinalizou que irá mudou o voto e ir contra a proposta no segundo turno. Na votação dos destaques, o governo já sofreu uma derrota, com apenas 303 votos favoráveis à uma mudança na regra de ouro, que restringe gastos do governo —são necessários 308.
Varejistas são o destaque do pregão
As maiores altas do pregão foram das varejistas Magazine Luiza (+9,8%, a R$ 13,10) e Americanas (+7,71%, R$ 35,20). Estas duas ações caíram bastante recentemente devido às preocupações com a alta de juros e a desaceleração da economia, fatores que podem fazer o consumidor adiar suas compras no varejo. Resultados acima da expectativa no setor, com destaque para o Mercado Livre, têm impulsionado a recuperação.
Dólar fecha em queda
O dólar comercial fechou em queda de 0,8%, a R$ 5,4968. O dólar turismo está a R$ 5,6973.
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