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Itaú diminui projeção para Ibovespa no final do ano de 115 mil para 110 mil pontos
O Itaú Unibanco cortou a projeção para o Ibovespa ao final deste ano e fez alterações em sua carteira recomendada considerando um cenário econômico global mais desfavorável com altas nas taxas de juros e, também, a aproximação das eleições, que deve aumentar a volatilidade do mercado.
Após as quedas recentes da Bolsa de Valores brasileira B3, a projeção para o Ibovespa ao final de 2022 foi reduzida de 115 mil pontos para 110 mil pontos.
“É tudo sobre o cenário macro. Estimamos que a evolução da inflação e o impacto de novas altas de juros devem balizar a performance dos mercados de ações. Esperamos que ações de valor tenham desempenho melhor do que histórias de crescimento, à medida que a inflação está demorando mais do que o esperado para cair e, consequentemente, a taxa Selic deve ficar em níveis elevados por mais tempo”, escreveram os analistas Marcelo Sá e Matheus Marques.
Contribuiu para a redução, também, o medo de piora do cenário fiscal. “Nas últimas semanas, o governo federal tem anunciado diversas medidas para tentar reduzir o preço final de combustíveis e de energia elétrica e, mais recentemente, um potencial aumento nos valores de programas sociais. Essas medidas, se implementadas, podem ter impacto significativo na inflação e nas perspectivas fiscais”, escreveram os analistas.
Na carteira Brazil Buy List, foram incluídas a Gerdau e a Suzano e retiradas WEG e Intelbras. Mesmo em um cenário de queda de preços das commodities, a siderúrgica e a produtora de papel e celulose seguem atraentes pois baratas. “Sua presença na carteira reduz nossa exposição à atividade econômica local”, escreveram os a alistas.
A carteira recomendada ainda conta com Banco do Brasil, BTG Pactual, Eletrobras, Energisa, Multiplan, Petrobras, Totvs e Vale.
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