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Pessimismo com corte fiscal pressiona dólar, que sobe 1,53% e vai a R$ 5,86, maior valor desde maio de 2020; Ibovespa cai 1,23%
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Uma maré negativa vinda do exterior em um dia em que as incertezas fiscais ganharam ainda mais força levaram a uma forte queda do Ibovespa, que recuou 1,23%, aos 128.121 pontos, bem perto da mínima do dia, de 128.070 pontos.
Na máxima diária, o índice tocou os 129.902 pontos. Na semana, o índice acumula baixa de 1,36%.
Ibovespa hoje
A subida mais expressiva nos rendimentos dos Treasuries e rumores em torno do quadro fiscal no Brasil forçaram uma abertura dos juros mais longos. As taxas ultrapassaram os 13,2%.
Com isso, ações domésticas foram fortemente afetadas, como Vamos e Magazine Luiza, que caíram 8,27%, a R$ 5,77, e 6,34%, a R$ 8,86, nesta ordem.
Blue chips também não passaram ilesas. As ações da Vale recuaram 0,05%, a R$ 62,03, enquanto as PN da Petrobras caíram 1,36%, a R$ 35,42, e as ON tiveram queda de 1,95%, a R$ 38,30.
O volume financeiro do índice foi de R$ 16,0 bilhões e de R$ 21,8 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar à vista encerrou a sessão em forte alta, avançando mais de 1,5% contra o real.
A valorização da moeda americana se deu em meio a uma “tempestade perfeita” de fatores externos e internos.
O movimento global foi engatilhado pela proximidade das eleições americanas, que levou investidores a se desfazerem de mais posições.
Por aqui, o temor com a questão fiscal ganhou corpo pela manhã e se manteve ao longo do dia diante de ruídos de que o governo não irá fazer mudanças estruturais em seus gastos e também pelo fato de não haver sinalização de quando tais medidas serão anunciadas.
Esse ambiente levou o real a ser, de longe, a pior moeda entre as 33 mais líquidas nesta sexta-feira.
Assim, terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar encerrou em alta de 1,53%, cotado a R$ 5,8698, no maior patamar desde 13 de maio de 2020, quando a moeda americana alcançou seu maior nível nominal histórico, de R$ 5,9007.
O segundo pior desempenho das moedas mais líquidas no dia veio do peso mexicano, e o dólar apreciava 0,98% ante a divisa perto do horário de fechamento.
Com o mau humor de hoje, o dólar acumulou alta de 2,90% frente ao real na semana.
Já o euro comercial exibiu apreciação de 1,14%, cotado a R$ 6,3607, acumulando alta de 3,28% na semana.
Bolsas de Nova York
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As bolsas de Nova York fecharam em alta impulsionada por bons resultados das empresas no terceiro trimestre, com a aproximação das eleições e uma maior aposta em uma vitória republicana ofuscando os dados econômicos divulgados hoje.
No fechamento, o índice Dow Jones subia 0,69% a 42.052,19, o S&P 500 avançava 0,41% a 5.728,80 pontos e Nasdaq ganhava 0,80% a 18.239,92.
Na semana, contudo, as bolsas tiveram outro resultado negativo, com Dow perdendo 0,15%, S&P 500 recuando 1,37% e Nasdaq caindo 1,50%.
O setor de consumo discricionário subiu 2,47% impulsionado pela forte alta da Amazon, de mais de 6% depois de registrar alta de 55% nos lucros do terceiro trimestre.
Já a Intel subiu mais de 8% mesmo registrando prejuízo mas indicando que terá melhores resultados no futuro.
No setor de energia, Chevron subiu mais de 2,7% mesmo com prejuízo ao anunciar desinvestimentos de até US$ 15 bilhões. Já a Boeing subiu mais de 3,5% depois de fazer uma nova proposta de acordo aos seus funcionários em greve.
Mais cedo, foi divulgado o ‘payroll’ de outubro, que mostrou abertura de apenas 12 mil vagas, o que pode ser um indicativo de que o mercado de trabalho está desacelerando e o Federal Reserve (Fed) pode acelerar o ritmo dos cortes. Já o índice de gerente de compras de outubro da S&P Global ficou acima do esperado, assim como os gastos com construções, sinais de uma economia ainda resiliente, apesar dos juros elevados.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em alta expressiva, com destaque para os ganhos de mais de 1% nos setores de bancos e de petróleo e gás, a após os dados de emprego dos Estados Unidos.
O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,11% a 511,02 pontos.
O DAX de Frankfurt avançou 0,93% a 19.254,97 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,83% para 8.177,15 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 0,80% para 7.409,11 pontos.
No acumulado da semana, o DAX caiu 1,07%, o FTSE recuou 0,87% e o CAC 40 teve queda de 1,37%.
Todos os setores encerraram em território positivo, com avanço de 1,95% nos bancos, segundo o índice Stoxx 600, e alta de 1,07% no setor de petróleo e gás.
Os preços do petróleo subiram com as notícias de que o Irã está planejando um ataque a Israel nos próximos dias.
Na frente de dados, o mercado de trabalho dos Estados Unidos foi afetado por furacões e greves, e como resultado o emprego aumentou em apenas 12 mil em outubro, diz o economista do Commerzbank, Christoph Balz, “mesmo sem esses fatores especiais, os números provavelmente não teriam sido impressionantes.”
Segundo Balz, o Federal Reserve não estará mais preocupado com pressões inflacionárias motivadas pelos salários, e será mais importante garantir que a parte de pleno emprego de seu mandato seja cumprida.
“Continuamos esperando que o Fed corte juros em 0,25 ponto percentual em sua reunião na próxima quinta-feira.”
Além disso, na próxima semana, a expectativa é de que o Riksbank corte sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 3,0%, e de que o Norges Bank mantenha sua taxa inalterada em 4,5%.
Com informações do Valor Econômico
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