Não há exagero ou histeria, diz Prates sobre queda das ações da Petrobras (PETR3;PETR4)
O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, afirmou nesta sexta-feira (8) que não vê a queda das ações da petroleira no Ibovespa como um movimento exagerado dos investidores.
Para o CEO da estatal, o “susto inicial” dos investidores se dá porque a companhia está usando a reserva de capital para dividendos pela primeira vez.
“Não há exagero e nem histeria (do mercado). O que acontece é que a reserva para remuneração de capital é uma novidade, e explicamos que é uma conta para guardar exclusivamente dividendos”, disse o presidente da Petrobras.
Mesmo com a reação negativa de investidores, executivos sinalizaram que a atual política de dividendos não vai mudar.
‘Vemos ações (da Petrobras) se recuperando’, diz Prates.
O CEO destacou ainda que a criação da reserva será pautada na Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras (PETR3;PETR4). A reunião dos investidores está marcada para abril. Mas acionistas, tanto do lado do governo como privados, já demonstraram boa-vontade para aprovar a criação do fundo de dividendos.
Prates afirmou que, ao longo do dia a ação “vem se recuperando”.
“No começo vem aquele susto tradicional, e à medida em que explicamos que essa conta é para dividendos, estamos conseguindo reverter essa expectativa de uma frustração eventual”.
Prates reafirmou que “a novela” dos dividendos da Petrobras deve continuar. Ele chamou a queda da Petrobras no Ibovespa de “dinâmica natural de uma decisão sendo processada”. “Não há, portanto histeria”, prosseguiu.
Petrobras (PETR3;PETR4) não vê uso da reserva para reforçar capital
O diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, afirmou que a empresa não analisa cenários para usar a reserva de dividendos como incremento de capital ou para sanar eventuais prejuízos.
Entre investidores, existe receio de que a Petrobras tenha segurado os dividendos extraordinários para usar a reserva como forma de integrar o capital da empresa.
Assim, Leite afirmou que ambos os cenários “não estão sendo analisados” pela petroleira. “Qualquer reserva estatutária, de acordo com normas de contabilidade no Brasil, pode fazer parte de integralização de capital ou usada para sanar prejuízos. Não quer dizer que estes cenários estão sendo analisados”, disse o CFO da Petrobras (PETR3;PETR4).
“Não está no horizonte da Petrobras ter prejuízos pelos próximos 5 anos”, assegurou o executivo. A possibilidade de uso da reserva para integralização de capital, portanto, também não é um risco, disse Leite.
“É bom esclarecer: a reserva é para o pagamento de dividendos. Qualquer destinação de lucro extraordinário para reserva será revertida em pagamento de dividendos”, concluiu.