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Wall Street fecha em queda com mercado temendo menos cortes de juros nos EUA
As ações em Nova York encerraram o pregão desta sexta-feira em queda, diante do receio dos investidores de que o Federal Reserve (Fed) possa entregar menos cortes de juros nos Estados Unidos do que os investidores imaginavam. Em meio a dados que apontam para um processo desinflacionário um pouco mais lento e com as perspectivas de que mudanças na política econômica americana possam trazer novamente a inflação, agentes ajustaram posições no mercado acionário hoje.
No fim do dia, o S&P 500 recuou 1,32%, aos pontos; o Dow Jones fechou em queda de 0,70%, aos pontos; e o Nasdaq caiu 2,24%, a pontos.
Após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ter indicado menor inclinação a cortar os juros em evento ontem, hoje, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou que uma redução nos Fed Funds em dezembro “está na mesa, mas não é certa”.
As declarações ocorrem em meio aos dados de atividade e inflação divulgados nesta semana, que indicaram que o caminho até a meta de 2% do banco central, segundo o próprio Powell, “será acidentado”.
Assim, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de dezembro caiu de 72,2% para 58,4%, ao passo que a chance de manutenção subiu de 27,8% para 41,6%.
Segundo o estrategista de ações para Estados Unidos do Citigroup, Scott Chronert, “a ação do mercado reflete como os participantes se sentem: exaustos”, disse. “O aspecto positivo de um foco na eficiência dos gastos do governo foi compensado por escolhas controversas em outros departamentos. Ainda assim, as principais posições econômicas não foram anunciadas, e continuamos em um cenário de incerteza política”, afirma.
Além disso, na visão do profissional, os dados de inflação e vendas no varejo, juntamente com o discurso de membros do Fed, colocaram em dúvida a trajetória dos Fed Funda. “As taxas de 2 e 10 anos aumentaram e a volatilidade das taxas realizadas está subindo. Tudo isso prejudica nossa estimativa justa de P/L [preço/lucro]”.
“Por fim, estamos trabalhando com níveis de sentimento eufóricos e expectativas implícitas de crescimento em níveis máximos pós-2008. De modo geral, há muita pressão sobre os fundamentos para que eles sejam cumpridos, o que pode explicar uma recente realização de lucros após ao rápido rali pós-eleitoral”, conclui.
*Com informações do Valor Econômico
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