Silveira: devemos explorar Margem Equatorial porque não há definição de até quando consumiremos petróleo

Ministro de Minas e Energia defendeu que, no Brasil, a exploração de petróleo 'é importante para combater a miséria e a fome, e investir em educação e saúde' e, por isso, é preciso dar o 'direito de conhecer nossas potencialidades'

O ministro de Minas Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta quarta-feira que mantém sua posição de defender a exploração de óleo e gás na Margem Equatorial, região com grande potencial de reservas que vai do litoral do Amapá até a costa do Rio Grande do Norte, porque não há uma definição de até quando o mundo continuará consumindo derivados de petróleo.

Segundo o ministro, existe um aspecto de mudança de comportamento, que ele compara ao que foi de consumo disseminado de cigarro no passado, que precisa ser superado em relação às fontes energéticas poluentes.

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“Quando faço defesa da Margem Equatorial é porque o mundo ainda não consegue precisar em quanto tempo nós vamos efetivamente poder abrir mão dos combustíveis fósseis”, disse Silveira, que participa de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

No mês passado, completou um ano da recusa da emissão de licença ambiental, por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para que a Petrobras realizasse estudos sobre a exploração na costa do Amapá. Integrantes do órgão ambiental têm alegado que existe risco de impacto na biodiversidade da foz do rio Amazonas.

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Para o ministro, os combustíveis fósseis são, especialmente para os países em desenvolvimento, uma fonte energética fundamental. Ele defendeu que, no Brasil, a exploração de petróleo “é importante para combater a miséria e a fome, e investir em educação e saúde”. Por isso, disse, é preciso dar o “direito de conhecer nossas potencialidades”.

Aos deputados, o ministro reforçou que a Petrobras deve se manter “sempre atrativa” aos investidores nacionais e estrangeiros e ter uma governança “transparente e fortalecida”. Por outro lado, ele considera que a petroleira, por ter o governo como controlador, tem também que cumprir “função social”, citando o exemplo de ampliar a produção e oferta de gás natural em favor da competitividade da indústria nacional.

Distribuidoras

Durante a audiência, Silveira reiterou que os contratos de concessão das distribuidoras “se tornaram obsoletos”. Atualmente, o governo discute a renovação do contrato de 20 concessionárias desse serviço.

Ele defende que as empresas precisam ser adequadas à nova realidade climática e de crescimento urbano das cidades.

Com informações do Valor Econômico

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