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Petróleo fecha no menor nível desde janeiro
Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte queda nesta terça-feira, pressionados por novos dados econômicos fracos, que reforçaram os temores de uma queda da demanda global pela commodity.
O contrato do petróleo Brent para outubro – a referência global da commodity – fechou em queda de 2,90%, a US$ 92,34 por barril, enquanto o do WTI americano para setembro recuou 3,22%, a US$ 86,53 por barril. Ambas as referências do petróleo recuam com as quedas de hoje a novas mínimas desde janeiro.
“Em grande parte os dados econômicos globais fracos pesaram sobre as expectativas de demanda por derivados de petróleo, em meio aos temores mais elevados de recessão”, disse Tyler Richey, coeditor do Sevens Report Research, à “Dow Jones Newswires”.
Nos EUA, o dado de novas construções residenciais indicou queda de 9,6% em julho, bem acima da expectativa, que era de recuo de 2,5% no período. Ontem, o índice Empire State de atividade industrial do Fed de NY despencou 42 pontos, de +11,1 em julho para -31,3 em agosto.
Na Europa, a taxa de desemprego do Reino Unido subiu para 3,8% no trimestre encerrado em junho, mas ficou em linha com as expectativas de consenso. O relatório revela, porém, que a demanda por contratações está caindo, o que pode indicar uma fraqueza maior da economia britânica à frente. Na Alemanha, o índice de expectativa econômica do Instituto Zew recuou a -55,3 pontos em agosto, de -53,8 pontos da leitura anterior, de julho, na sua pior leitura desde a crise financeira.
Os dados de hoje seguem na esteira também do relatório de ontem de produção industrial da China, que indicou uma desaceleração inesperada em julho, alimentando temores sobre a demanda por energia do maior importador global líquido de petróleo.
Mais cedo, os preços até chegaram a operar em alta por algumas horas, com a notícia de que um rascunho do acordo nuclear entre os EUA, Europa e Irã enviado ao governo iraniano foi devolvido com uma série de anotações e observações, indicando que as negociações podem demorar mais do que o esperado. A expectativa é de que o acordo deve retirar as sanções sobre as exportações de petróleo do país, adicionando cerca de 1 milhão de barris diários à oferta global de petróleo, o que deve abrir espaço para mais quedas nos preços da commodity.
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