Morning call: bolsa terá movimento incerto sem indicador relevante a ser divulgado nesta sexta

Ibovespa não registrou ainda nenhuma alta no mês de agosto; são 13 quedas sequenciais

A bolsa encerra a semana após 13 quedas seguidas e sem sequer um pregão de alta no mês de agosto. E nesta sexta-feira (18), assim como ontem, não há nenhum indicador econômico relevante a ser divulgado – isso torna incerto o movimento do Ibovespa.

O pregão de quinta-feira foi marcado por uma desvalorização de 0,53%. Por isso, a bolsa perdeu o patamar dos 115 mil pontos, encerrando o pregão aos 114.982 pontos. O dólar obteve pequena desvalorização frente ao real e ficou cotado a R$ 4,981.

O mercado continua atento ao que acontece na economia dos Estados Unidos e também sobre os desdobramentos do fraco crescimento da China. Ambos os casos explicariam as quedas sequenciais da bolsa de valores por aqui.

Vale, portanto, acompanhar os mercados asiáticos.

Bolsas na Ásia

Os mercados acionários da Ásia exibiram quadro negativo nesta sexta-feira. Preocupações com a China estiveram em foco, em meio a novos temores sobre o setor imobiliário do país. Além disso, a perspectiva de política monetária mais apertada pelo mundo para conter a inflação também estava presente.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 1,00%, em 3.131,95 pontos, na mínima do dia, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 1,72%, a 1.950,26 pontos. Quase todos os setores terminaram no vermelho em Xangai, com o índice local recuando 1,8% na semana. Preocupações com o fato de que a China Evergrande entrou com pedido de falência (capítulo 15) nos EUA pesaram. Papéis ligados ao consumo e de fabricantes de softwares lideraram as perdas.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,55%, a 31.450,76 pontos. Ações de varejo e de farmacêuticas estiveram entre as baixas, com preocupações sobre o aperto monetário por bancos centrais e seu impacto na economia. Zensho Holdings caiu 4,3% e Daiichi Sankyo, 2,0%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 2,05%, a 17.950,85 pontos. Temores com a China após a notícia sobre a Evergrande estiveram em foco. Ações ligadas ao setor imobiliário caíram em Hong Kong, com Longfor Group Holdings em baixa de 3,8%. Papéis de tecnologia também estiveram entre as quedas. Xpeng recuou 6,6% e Alibaba Group Holding, 3,4%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de 0,61% em Seul, a 2.504,50 pontos. Trata-se da sexta queda diária consecutiva da bolsa sul-coreana, a sequência mais longa de baixas nesse mercado desde junho de 2022, segundo o FactSet. Analista do IG, Yeap Jun Rong afirmou que a perspectiva de postura hawkish na política monetária continua a pesar, após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) da quarta-feira. LS Corp. Recuou 7,55% e Posco International, 6,5%.

Em Taiwan, o índice Taiex registrou queda de 0,82%, a 16.381,31 pontos.

Na Oceania, em Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou praticamente estável, em alta de 0,03%, em 7.148,10 pontos. A bolsa australiana teve sua maior queda semanal desde o início de setembro, de 2,6%. Entre ações em foco hoje, os setores financeiro, de telecomunicações e papéis ligados ao consumo e à energia estiveram entre as baixas.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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