Mercado de trabalho se aqueceu ainda mais nos meses recentes, diz BC

Analisando a taxa de desocupação de 7,2% no trimestre encerrado em abril, o Banco Central apontou que o valor é o menor desde o final de 2014

Carteira de trabalho. Foto: Davi Corrêa/Futura Press/Estadão Conteúdo
Carteira de trabalho. Foto: Davi Corrêa/Futura Press/Estadão Conteúdo

O Banco Central (BC) avaliou que o mercado de trabalho se aqueceu “ainda mais nos meses recentes”. O Relatório de Inflação publicado nesta quinta-feira (27) destacou a alta na geração líquida de empregos formais e persistência de um crescimento intenso dos rendimentos reais, além o recuo da taxa de desocupação e a alta do nível de ocupação e da taxa de participação.

Analisando a taxa de desocupação de 7,2% no trimestre encerrado em abril, o BC apontou que o valor é o menor desde o final de 2014. Segundo o relatório, mesmo que reformas como a previdenciária e a trabalhista tenham melhorado aspectos estruturais do mercado, “o patamar baixo em termos históricos da taxa de desocupação é um indicativo, entre outros, de algum aperto no mercado de trabalho”.

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O relatório ainda apontou que o fator determinante para a queda na desocupação recente foi um aumento da ocupação. Antes, essa queda refletia “em larga medida a queda na taxa de participação da população no mercado de trabalho”. Essa alteração, segundo o relatório, “é compatível com a visão de um mercado de trabalho mais apertado”.

O Banco Central ainda destacou a elevação da geração de empregos com carteira e ressaltou que a elevação, mesmo que na margem, da participação dos desligamentos voluntários entre o total de desligamentos é outro indicador de aperto no mercado de trabalho.

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Ainda sobre trabalho, o relatório destacou um crescimento “forte e disseminado” do rendimento segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). “O rendimento médio real está cerca de 4,6% acima do valor observado em 2019, mas ligeiramente abaixo do que seria obtido extrapolando-se a tendência de crescimento do período pré-pandemia, 2017 a 2019”.

Com informações do Valor Econômico

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