BC da Argentina mantém juros em 97% após inflação ‘desacelerar’; taxa anual fechou maio em 114%

Mesmo com recuo em maio, o índice mensal da inflação na argentina foi maior que a taxa em 12 meses no Brasil

O Banco Central da República Argentina (BCRA) informou nesta quinta-feira (15) em comunicado que decidiu manter a política monetária. A taxa básica de juros do país, a taxa de juro nominal das Letras de Liquidez (Leliq) em 28 dias, permanece portanto em 97% ao ano.

A decisão é anunciada um dia após a publicação da mais recente leitura da inflação no país. O índice de preços ao consumidor avançou 7,8% em maio ante abril, com alta de 114,2% na comparação anual.

O resultado mensal desacelerou, da alta de 8,4% vista em abril, mas o anual ganhou mais fôlego, depois de um crescimento de 108,8% ter sido observado em abril.

Para efeito de comparação, a inflação brasileira (IPCA) em maio foi de 0,23%, com a taxa em 12 meses ficando em 3,94%. Já a taxa básica de juros (Selic) atualmente está em 13,75% ao ano.

O BCRA diz que em maio a inflação mensal desacelerou, “em linha com as previsões da autoridade monetária”. Ele afirma também que os diversos indicadores de alta frequência de preços no atacado e no varejo monitorados pelo BC “sugerem até agora em junho uma desaceleração adicional no ritmo de crescimento dos preços”.

O comunicado afirma que o BCRA continuará a monitorar a evolução do nível geral de preços, a dinâmica do mercado cambial e dos agregados monetários e seus efeitos, a fim de calibrar sua política de taxas de juros e de gestão da liquidez.

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