IF Hoje: Mercado segue de perto texto do arcabouço fiscal, que ainda pode mudar, e nos EUA embate sobre solução para teto da dívida

Investidores olham com otimismo o compromisso do governo em não deixar a dívida pública perder o controle

A aprovação do requerimento de urgência do novo arcabouço fiscal, ocorrido na noite de ontem por 367 votos a 102 na Câmara dos Deputados, trouxe um respiro para o governo federal e pode dar um novo ânimo para os investidores, que enxergam a aprovação da medida mais próxima.

A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é submeter o mérito da nova âncora fiscal para apreciação na próxima semana, entre terça-feira e quarta-feira.

O texto da matéria pode não ser o favorito do mercado, mas a existência de uma âncora fiscal garante que o governo não irá elevar o endividamento público para níveis impagáveis.

O placar elástico foi comemorado por aliados do Palácio do Planalto assim que o resultado foi proclamado, porque é um termômetro favorável para a análise que ocorrerá nos próximos dias.

Após apresentar seu parecer na segunda-feira, o relator Cláudio Cajado (PP-BA) retomou as reuniões com as bancadas partidárias, com o objetivo de explicar o texto e tentar ampliar o apoio ao seu relatório. Ele está aberto a negociar ajustes no parecer.

Exterior

Os investidores também olham para o teto da dívida nos Estados Unidos. Em janeiro, os Estados Unidos atingiram o seu limite máximo de endividamento, que atualmente é de US$ 31,4 trilhões.

Caso não se chegue a um acordo sobre o teto de dívida, o governo federal não poderá aumentar mais sua dívida. Sendo assim, o Tesouro pode usar medidas extraordinárias autorizadas pelo Congresso para administrar as finanças do governo federal. Essas medidas podem incluir a paralisação de serviços prestados pelo governo, bem como interromper o pagamento de juros da dívida.

Leia mais no artigo de William Castro Alves.

Agenda

Feriados

Suíça – Dia da Ascensão

Indonésia – Dia da Ascensão

O Dia da Ascenção, conhecido também como Quinta-Feira da Ascensão, comemora a Ascensão de Jesus ao céu. É uma das festas ecumênicas comemoradas por todas as igrejas cristãs. Na Igreja Católica é conhecida também como Solenidade da Ascensão do Senhor. A Ascensão é tradicionalmente celebrada numa quinta-feira, a décima-quarta da Páscoa, embora algumas províncias tenham mudado a observância para o domingo seguinte.

Indicadores e eventos do dia

Espanha divulga sua balança comercial

Hong Kong divulga sua taxa de desemprego, atualmente em 3,1%.

Os Estados Unidos reportam os dados dos pedidos de seguro-desemprego da semana anterior e do período de 4 semanas. A maior economia do mundo também reportará o número de vendas de casas usadas.

México tem decisão de taxa de juros. A taxa atual é 11,25% ao ano.

Mercado ontem

O principal índice da bolsa brasileira fechou o pregão de ontem (17/) em alta de 1,14%, aos 109.424 pontos, enquanto o dólar fechou em queda de 0,20%, aos R$ 4,9339, após trocar algumas vezes de sinal.

Vale lembrar que foi dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, acrescentando volatilidade  aos negócios, principalmente pela manhã.

Ibovespa operou de olho no cenário fiscal, na repercussão das ações da Petrobras – após a mudança na política de preços – no andamento do arcabouço fiscal na Câmara e nos dados do varejo. No exterior, as negociações para elevação do teto da dívida pública nos Estados Unidos seguiram no radar.

O volume de vendas do varejo encerrou o mês de março com crescimento de 0,8% frente a fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta quarta-feira (17), realizada pelo IBGE. O setor fechou o primeiro trimestre de 2023 com alta de 2,4% comparado com o mesmo período de 2022.

O Índice Geral de Preços – 10, IGP-10, registrou deflação de 1,53% em maio, após queda de 0,58% no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pela FGV. Com o número de hoje, o indicador acumula deflação de 1,99% no ano e de 3,49% em 12 meses.