Nessa quarta-feira (27), será encerrada a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) ligado ao Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, e as previsões parecem não fugir muito do que já era esperado.
Isso porque, entre os economistas consultados pela Refinitiv, uma das maiores fornecedoras de dados do mercado financeiro, a grande maioria acredita que o Banco Central norte-americano deve elevar os juros do país em mais 75 pontos base, ou 0,75 pp. Se isso se concretizar, a taxa dos Fed Funds – fundos federais depositados no Fed por bancos e instituições financeiras – deve ir de 2,25% para 2,5% ao ano.
Essa projeção dos especialistas se dá muito por conta de alguns indicadores apresentados na semana passada. A começar pelo índice de gerente de compras (PMI), que une serviços e indústria, e que ficou abaixo de 50 pela primeira vez em dois anos, e é um indicativo de que há uma retração da atividade empresarial norte-americana.
Além disso, outros índices também têm mostrado contrações, como as vendas de imóveis usados, que em junho recuou 5,4%, sendo o quinto mês consecutivo de quedas.
Com ou sem recessão?
Os especialistas ainda seguem em dúvidas se uma possível recessão econômica irá ocorrer, mas, por outro lado, o Fed está empenhado em levar a inflação o mais próximo da meta. Tanto que, esse mês de julho, o índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) chegou em 9,1% em 12 meses, que é considerado o maior patamar em mais de 30 anos.
Vale aguardar o anúncio que acontece hoje para sabermos se as projeções estão, de fato, corretas.