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Eleições nos EUA: guia para se preparar para a volta de Donald Trump à Casa Branca
Donald Trump é de novo presidente dos Estados Unidos. Assim, o republicano será reconduzido à Casa Branca após vitória esmagadora dos republicanos sobre os democratas nas eleições nos EUA. Movimento não previsto pelas análises e pesquisas anteriores ao pleito eleitoral que se encerrou na madrugada desta quarta-feira (6).
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Dessa forma, a mudança do curso político da maior economia do mundo apresenta também alterações significativas de toda a ordem. Na política, na macroeconomia, nos investimentos e nas relações comerciais do mundo com os norte-americanos, incluindo aqui o Brasil.
Assim, veja o que sabemos até o momento sobre todas essas implicações.
Eleições nos Estados Unidos: consequências para o Brasil
Logo após a confirmação da vitória do republicano, o presidente Lula parabenizou Trump. Ele desejou sorte e sucesso. Poderia estender a mensagem ao seu ministro da Fazenda. Fernando Haddad já reconheceu que o dia amanheceu mais tenso. E o foco de Haddad foi o efeito Trump no Brasil.
Disse que é “preciso cuidar do Brasil, das finanças (públicas), para o (país) ser afetado o mínimo possível”. O cenário externo, que já era desafiador, fica ainda mais difícil.
Assim, para o Brasil, e o ministro sabe disso, aumenta-se a pressão no dólar, na inflação e acrescenta uma nota preocupante de instabilidade na relação comercial com os americanos sob a influência dos republicanos. Trump pode taxar em 10% os produtos vindos daqui.
O efeito Trump nos Estados Unidos
Então, Trump diz ter um plano para a economia, algo que ele acertou ao destacar na campanha, explorando uma insatisfação dos norte-americanos com a administração do democrata Joe Biden.
Assim, a visão majoritária dos economistas e investidores que operam nos Estados Unidos é de que tarifas exercerão pressão ascendente sobre a inflação. E as reduções fiscais podem estimular o crescimento e aumentar déficits. E os juros podem voltar a subir por lá.
Eleição nos EUA: a visão das empresas
Na véspera da eleição, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina, já havia dado o tom sobre os efeitos de uma vitória republicana.
Milton Maluhy Filho analisou que com Trump na Casa Branca o dólar, a inflação e os juros ficariam pressionados. Com Kamala Harris, seria bom para o câmbio e bolsa.
Então, a Gerdau indicou que a vitória republicana pode ser boa para a siderúrgica.
Assim, o vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores da fabricante de aço, Rafael Japur, lembrou que durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos estimularam investimentos em infraestrutura. “Agora, não deve ter mudança nessa política”, disse Japur.
Mas o grande vencedor das eleições nos Estados Unidos no mundo corporativo é Elon Musk. Assim, ele passa a estar no centro da vida pública e política norte-americana pelo apoio de primeira hora que deu ao republicano agora eleito. A ponto da pergunta a seguir não ser tão descabida assim: Musk será o CEO dos Estados Unidos?
Os perdedores e vencedores do mercado
Então, é possível também identificar quem são os perdedores e vencedores do mercado com o novo presidente norte-americano.
Reportagem mostra que small caps, a Tesla de Elon Musk e os bancos norte-americanos saem fortalecidos da eleição nos EUA.
Eleição nos EUA: dólar e o novo inquilino da Casa Branca
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Assim, era certo portanto que a vitória de Trump mexeria com o câmbio. A própria XP, em relatório, havia previsto uma moeda mais forte. E a análise anterior à eleição indicou:
“Em um governo Trump, o cenário mais esperado é de maior volatilidade para mercados emergentes, um aumento de tarifas e cortes de impostos. Com isso, as perspectivas são de uma inflação mais alta, juros altos por mais tempo e um dólar mais forte. Deteriorando a taxa de câmbio e gerando pressões inflacionárias domesticamente”, escreveu a XP.
Dessa maneira, o dólar durante a quarta-feira experimentou trajetória de queda. A queda durante a tarde beirava 1,20%. Isso após bater R$ 5,86.
E o bitcoin: como está reagindo?
O mercado amanheceu eufórico. O bitcoin, que é a referência do mercado de criptomoeda, alcançou o patamar de US$ 75 mil. Isso é um novo recorde na cotação frente ao dólar. E essa esticada reacende um sonho antigo do mercado: alcançar a cotação mágica de US$ 100 mil.
Com reportagens de Aluísio Alves, Daniel Fernandes, Daniel Pinheiro, José Eduardo Costa, Lucas Andrade, Pedro Knoth e Renato Jakitas.
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