Bitcoin segue em alta acima dos US$ 21 mil apesar de baixa na bolsa de NY

Ainda pairam as desconfianças com a situação de grandes empresas do setor

O bitcoin (BTC) opera em alta nesta terça-feira (17), desta vez em um movimento confirmado pela liquidez maior advinda da volta do feriado nos Estados Unidos. Nas bolsas de valores daquele país, no entanto, o dia foi de baixa no Dow Jones e S&P 500, enquanto o Nasdaq apresentou leve valorização.

Perto das 18h16 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 0,3% em 24 horas, cotado a US$ 21.322 e o ether (ETH), moeda digital da rede ethereum, tem baixa de 0,3% a US$ 1.581, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 1,04 trilhão. Em reais, o bitcoin tem queda de 0,35% a R$ 109.539 e o ether recua 1,21% a R$ 8.125, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 1,14% a 33.910 pontos, o S&P 500 registrou baixa de 0,2% a 3.991 pontos e o Nasdaq, focado em empresas de tecnologia, avançou 0,14% a 11.095 pontos. Leia completo Bolsas de NY fecham sem direção única com balanço de bancos dando sinais divergentes.

Segundo Murillo Alves, head de criptomoedas da Hurst Capital, a sustentada alta das criptomoedas nos últimos dias está ligada a dois fatores: o recuo da inflação nos Estados Unidos captado pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro, e a combinação entre muitas ordens alavancadas em aberto no mercado futuro cripto com a baixa liquidez. “Esses dois elementos juntos fazem com que o mercado se movimente de forma explosiva em qualquer direção assim que uma pequena variação de preço ocorrer”, afirma Alves.

Para o especialista, é difícil saber se o movimento irá continuar, já que foi causado por uma conjunção de fatores técnicos com a melhora no cenário macroeconômico, mas os fundamentos dos principais criptoativos continuam os mesmos. “Seguimos com nossa visão de que se trata de um excelente momento de acumulação de bons projetos, sendo que o pior pode já ter passado”, avalia.

Na opinião de André Franco, chefe de pesquisa do MB, o desenho de valorização e o volume negociado parecem favorecer ainda alguma subida antes de um recuo consistente do mercado. “Além disso, qualquer recuo na média móvel de 20 semanas seria um teste interessante para sabermos se estamos entrando em uma tendência positiva”, projetou, utilizando análise gráfica.

Como ponto de desconforto, por outro lado, ainda pairam as desconfianças com a situação de grandes empresas do setor como o Digital Currency Group (DCG), que preocupa pela interconectividade entre sua companhia de empréstimos de criptomoedas, Genesis, e outras operações do conglomerado.

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