Mercado hoje: Ibovespa fecha em queda de 1,20%, pressionado por Vale e Petrobras

A moeda norte-americana registrou queda de 0,25%, vendida a R$ 5,0604

Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters

Pressionado pelas quedas de Vale, Petrobras e bancos, o Ibovespa recuou na sessão desta quarta-feira, mesmo com o efeito positivo causado pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, nos mercados. Após aumentar o juro básico americano em 0,25 ponto percentual, o dirigente falou à imprensa e disse que a autarquia fez progressos em sua batalha contra a inflação.

No fim da sessão, o referencial local registrou perdas de 1,20%, aos 112.074 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 110.729 pontos, e, na máxima, os 113.598 pontos. Em Nova York, o S&P 500 avançou 1,05%, aos 4.119 pontos, Dow Jones fechou em leve alta de 0,02%, aos 34.092 pontos e Nasdaq oscilou positivamente em 2%, aos 11.816 pontos.

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As atenções da sessão estiveram concentradas nas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (Copom). Enquanto isso, as commodities pressionavam negativamente o índice, principalmente após a Vale reportar uma produção abaixo da meta no encerramento de 2022.

A mineradora caiu 1,23%. Também recuaram CSN (1,46%), Usiminas (2,58%) e Gerdau (2,75%).

Os papéis da Petrobras, relevantes na formação do índice, também apresentavam recuo firme. Os preferenciais caíram 1,23%, já os ordinários recuaram 1,53%. O petróleo Brent – utilizado pela Petrobras como parâmetro para sua política de preços – fechou em queda de 3,07%, a US$ 82,84 o barril, menor cotação em três semanas, após dados mostrarem que os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram para o maior patamar desde junho de 2021.

FOMC

Em relação à decisão do Fed, como amplamente esperado pelo mercado, houve uma desaceleração no ritmo de aperto. A autoridade monetária americana subiu os juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,50% e 4,75% ao ano.

O comunicado do presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que serão necessárias novas altas nos juros para levar a inflação para a meta de 2%.

Segundo o Fed, a inflação registrou desaceleração mas continua elevada, com o mercado de trabalho ainda robusto e o desemprego baixo. O documento não citou referências dos efeitos da guerra da Ucrânia e da covid-19 sobre a inflação no país.

Copom, logo mais

Aqui no Brasil, o Copom vai soltar sua decisão depois do fechamento do mercado, entre 18h e 18h30. Tudo indica que a Selic permanecerá em 13,75% ao ano. As sinalizações do BC sobre a inflação e as incertezas fiscais ficarão no radar.

No noticiário local, o retorno do Congresso Nacional também deve ser acompanhado de perto, em especial a eleição para o comando do Senado, que promete ter uma disputa mais acirrada. Uma possível vitória de Rogério Marinho (PL-RN) frente a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pode complicar o avanço de projetos prioritários do governo Lula.

Ambev

As ações da Ambev apresentam forte queda no dia, refletindo reportagem da revista “Veja” sobre possível rombo bilionário. Na sessão, por volta de 17h55, o papel recuava 2,71%, a R$ 13,29. As ações do grupo de bebidas vêm sendo penalizadas após o escândalo da Americanas, também liderada pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

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