Mercado hoje: Ibovespa fecha em forte queda e fica abaixo dos 98 mil pontos; dólar avança

Investidores se frustraram com o tom duro do comunicado

Após as decisões de política monetária dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos, a quinta-feira (23) no mercado financeiro foi marcada por ajustes diante das pistas que os comunicados deixaram. No Brasil, o tom do comunicado do Copom frustrou os investidores.

O Ibovespa fechou em queda de 2,29% (pós ajuste), para 97.921 pontos. No mesmo horário, o dólar encerrou as negociações em alta de 1,00% ante o real, negociado a R$ 5,2884.

Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano, apesar da pressão que o governo faz para que a autarquia comece a reduzir os juros. Após o anúncio da decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que considerou o comunicado “preocupante”.

No comunicado que anunciou a manutenção da Selic, o Banco Central não indicou viés de corte e disse, inclusive, que manterá os juros em patamares elevados até quando achar necessário.

Fed

Nos Estados Unidos, os mercados mostram algum otimismo mesmo após alta de 0,25 ponto percentual nos juros para a faixa entre 4,75% e 5% ao ano, maior patamar desde 2007. É que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), removeu o trecho “aumentos contínuos” de seu comunicado.

Exportadoras de carne

Entre as ações, destaque para os frigoríficos. As ações da Minerva (BEEF3) subiam 2,2%, enquanto JBS (JBSS3) subia 0,7% depois que o governo afirmou que a China derrubou o embargo às exportações de carne bovina brasileira.

Mercados EUA

Os principais índices de Nova York chegaram a ter fortes ganhos nesta quinta-feira, de olho na expectativa de encerramento do ciclo de aperto monetário por parte do Federal Reserve.

No entanto, perderam força e devolveram todos os ganhos.

Às 16h00, o Dow Jones subia 0,14%, o S&P500 avançava 0,87% e o Nasdaq tinha valorização de 0,43%.

Commodities

O petróleo Brent – referência da Petrobras para prática de preços – com entrega para maio, inverteu a tendência no início da tarde e fechou em queda de 1,15% na bolsa ICE, de Londres, a US$ 75,50 o barril.