CVM investiga uso de informação privilegiada por conselheiro da Lojas Marisa (AMAR3)

A Marisa diz que prestou informações à CVM sobre negociações das ações por Alberto Kohn de Penhas, atualmente VP comercial e de operações

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando o uso de informação privilegiada por um membro do conselho de administração da Lojas Marisa (AMAR3) que comprou 160 mil ações da empresa (cerca de R$ 661 mil) no dia 29 de outubro de 2021, antes da divulgação dos resultados do terceiro trimestre.

Segundo a CVM, o conselheiro Alberto Kohn de Penhas estava de posse de informação relevante sobre os resultados da companhia, divulgados em 8 de novembro daquele ano, e teria usado essa informação “para obter vantagem mediante compra de valores mobiliários”.

A informação foi divulgada anteriormente no blog “Capital”, do jornal “O Globo”. No dia em que Penhas comprou os papéis, em 29 de outubro do ano passado, as ações da Marisa fecharam valendo R$ 3,76. Após a divulgação do balanço, com números positivos, os papéis subiram a R$ 4,14.

Segundo informações no site da CVM, o processo foi aberto em 14 de abril deste ano e está na fase de citação e envio de defesas na gerência de controle de processos sancionadores da autarquia.

Em comunicado nesta manhã, a Marisa diz que prestou informações à CVM sobre negociações das ações por Penhas, que atualmente é vice-presidente comercial e de operações da companhia.

A empresa diz que até o momento ela não foi comunicada sobre qualquer decisão da autarquia sobre possível uso de informações privilegiadas nas negociações.

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