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Ações da Gol (GOLL4) disparam após divulgação de balanço não auditado com lucro de R$ 231 mi
A Gol (GOLL4) anunciou balanço nesta quarta-feira (8), com lucro líquido de R$ 230,9 milhões no quarto trimestre, revertendo prejuízo de R$ 2,8 bilhões de um ano atrás. A receita operacional líquida da companhia aérea foi de R$ 4,76 bilhões entre outubro e dezembro, um crescimento de 61,7% na comparação com o mesmo período de 2021.
Os resultados não foram auditados e a companhia os números anualizados. A aérea informou nesta manhã que deve publicar os dados auditados em 28 de março.
Por volta das 10h50 desta quarta, as ações da empresa subiam 13,11%, cotadas a R$ 7,59.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente no quarto trimestre ficou de R$ 1,16 bilhão, quase cinco vezes mais do que no mesmo período de 2021. A margem Ebitda recorrente foi de 23,7%, um crescimento de 16,2 pontos percentuais no ano.
“Esse ano foi marcado pelo retorno às operações normais em muitos aspectos”, diz Celso Ferrer, diretor-presidente da Gol, em nota. “Focamos no controle de custos e no aumento de nossas margens, e nossos fortes resultados no quarto trimestre são evidências de que nossa abordagem está funcionando.”
Receitas e vendas recordes
A companhia destaca que receitas e vendas tiveram resultado recorde no quarto trimestre, com gestão eficiente do estoque de tíquetes e pelo crescimento das unidades Smiles e GolLog. Os resultados foram impulsionados pelo desempenho no fim de ano, em especial novembro, que superou patamares diários de vendas de 2019.
Os custos e despesas operacionais caíram 12,3% no quarto trimestre, a R$ 4,09 bilhões, mesmo com aumento de 81,8% nos custos com combustíveis em um ano, em meio a redução nas despesas com material de manutenção e reparo. Os custos por assento recorrente subiram 2%, a R$ 35,35. Sem efeitos de combustíveis, caiu 17,4%, a R$ 19,09.
Liquidez
Ao fim do quarto trimestre, a liquidez total da Gol era de R$ 4,1 bilhões, cerca de 13% maior do que no mesmo intervalo de 2021. A dívida líquida ajustada era de R$ 27 bilhões ao fim de dezembro, queda de 33,3% na comparação anual. A alavancagem caiu de 9,7 vezes para 9,5 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses.
A empresa também reconheceu perda de R$ 13,2 milhões em operações de proteção contra volatilidade (hedge) dos preços de combustíveis, fluxo de caixa e câmbio. A Gol destaca que R$ 9,8 milhões foram contabilizados no resultado financeiro e R$ 3,4 milhões nos números operacionais.
“Ao entrarmos em 2023, manteremos a consistência de nosso desempenho operacional e fortaleceremos nossa malha aérea com rotas que aumentem ainda mais nossos níveis de produtividade”, afirma Ferrer. “A Gol segue rumo ao sucesso”, completa o executivo, na nota que acompanha os resultados.
Estimativas para 2023
A Gol atualizou suas estimativas para 2023, projetando receita líquida total de R$ 19,5 bilhões no ano, ante R$ 20 bilhões nas estimativas divulgadas no início de janeiro. No primeiro trimestre, a receita líquida deve alcançar R$ 4,8 bilhões, afirma a companhia.
“A companhia atualiza suas projeções financeiras de forma a refletir revisões no nível de oferta esperada para o ano de 2023 em face das expectativas de recuperação da demanda corporativa e impactos na cadeia global de entregas de aeronaves e de cadeia de suprimentos”, afirma a Gol.
A frota operacional esperada pela empresa neste ano foi alterada de 118 a 122 aeronaves para 114 a 118. No primeiro trimestre, deve ficar em 108 aeronaves. Com isso, a oferta de assentos no sistema da Gol deve crescer entre 15% a 20% no ano e não mais 20% a 25%. No primeiro trimestre, o crescimento deve ser entre 11% a 13%.
A estimativa de custos operacionais por assento, retirando efeitos por combustíveis, foi mantida em US$ 3,60. No primeiro trimestre deve ser mais alto, em US$ 3,80. O preço do litro do combustível deve ser um pouco mais alto no ano, em R$ 5,40, contra R$ 5,30 anteriores. No primeiro trimestre deve ficar em R$ 5,70.
A margem do resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi mantida em 24% no ano. Já no primeiro trimestre deve ficar em 22%. A margem Ebit, por sua, deve ser de 14% em 2023 e de 12% nos primeiros três meses do ano.
Segundo a Gol, a projeção de investimentos também caiu de R$ 700 milhões para R$ 600 milhões no ano. A dívida financeira aumentou de US$ 2,4 bilhões para US$ 2,7 bilhões na nova projeção. A estimativa de alavancagem foi mantida em 6 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda.
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