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Vale investir em Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3)? Para o JPMorgan a resposta é sim
Empresas citadas na reportagem:
As duas maiores empresas de papel e celulose do Brasil, Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), estão bem posicionadas na bolsa brasileira e devem colher frutos de aumento de produtividade. Este é o diagnóstico do banco americano JPMorgan em relatório que eleva a recomendação para as ações da Klabin de ‘neutro’ para ‘compra’ e mantém uma visão overweight sobre o papel da Suzano no Ibovespa.
O JPMorgan fixou novo preço-alvo das ações da Klabin até o final de 2025, de R$ 25 para R$ 28. A elevação representa um possível upside de quase 30% sobre o ativo. Ao mesmo tempo, o banco rebaixou a ação de uma concorrente chilena da Klabin e da Suzano.
Fluxo de caixa da Klabin (KLBN11) deve aumentar, diz JPMorgan
Ao elevar a ação da Klabin (KLBN11), o JPMorgan destaca que os investimentos da companhia em plantas como Puma I, Puma II e Figueiroa devem provocar aumento de produção de papel da companhia até 2028. Além disso, os campos MP27 e MP28, de produção de embalagens e papel kraft, passam por processos de maturação capazes de incrementar a linha de containers.
A Klabin, portanto, deve se beneficiar de volume elevado de produção de um lado, e de baixo custo de outro, destaca o JPMorgan.
A redução de custos virá de investimentos no Projeto Caetê. Nos cálculos da Klabin, o investimento de US$ 1,6 bilhão deve reduzir a dependência da fabricante de terceiros em pelo menos 40% até 2025, chegando a 19% em 2028.
“Os elementos são suficientes para refletir em um fluxo de caixa livre positivo para 2025”, destaca o banco. Mesmo com investimentos no Projeto Caetê pressionando o fluxo do terceiro trimestre, prevê o JPMorgan, deve haver recuperação por aumento do volume, melhores preços de papel e celulose e redução de custos.
Para Suzano (SUBZ3), Projeto Cerrado é ‘vantagem’
Além de aumentar a recomendação da Klabin (KLBN11), o banco americano manteve a recomendação de compra para as ações da Suzano (SUZB3). O Projeto Cerrado é o grande destaque da companhia diante de competidoras no mercado.
“Mantemos o overweight em Suzano graças ao crescimento estratégico, forte perspectiva de longo prazo e preço das ações atrativo”, destaca o banco, que reforça o Projeto Cerrado como meio de a empresa ultrapassar concorrentes na produção.
O JPMorgan também reforça que, apesar da volatilidade envolvendo processos arrastados de M&A na Suzano, vê um desconto “excessivo” nas ações. “Recuperação dos preços das commodities e redução de custo de capital são positivos para o fluxo de caixa de 2025.”
Assim, o preço-alvo das ações da Suzano (SUZB3) também foi ajustado. Assim, o JPMorgan estabeleceu uma meta de R$ 80 para o papel até 2025, ante R$ 77,50. O cálculo considera projeção de alta de 49% das cotação atual do papel na bolsa.
De um lado, brasileiras, do outro, a chilena
Por fim, o JPMorgan rebaixou as ações de uma concorrente chilena de Klabin e Suzano: a CMPC. A ação da empresa, responsável pela marca de lenços Softys, teve a recomendação de ‘compra’ cortada para ‘neutra’.
No relatório, o banco afirma que a CMPC enfrenta um cenário ‘difícil’ de queda de preços de celulose. O que prejudica as divisões de embalagens e a própria Softys, comercializada no Brasil.
“A sobreoferta tem sido persistente para celulose nos últimos anos, e a situação permanece igual. Com a demanda se adequando e aumento de capacidade, ainda enxergamos um segundo semestre e 2025 desafiador para a commodity”, destacaram analistas.
“Já a performance da Softys, particularmente no Brasil, vem enfrentando forte concorrência, o que levou à queda de preços.
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