O que esperar dos resultados de Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3) e Suzano (SUZB3)? Leia análise

Segundo Itaú BBA, BRF (BRFS3) deve reverter prejuízo trimestral com força das marcas brasileiras; Ambev (ABEV3) deve ter trimestre 'neutro'

A próxima semana será uma das mais movimentadas da temporada de balanços corporativos do mercado. Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3) e Suzano (SUZB3) estão entre algumas das empresas que divulgam seus resultados de quarto trimestre de 2023, assim como números consolidados do ano passado. O Itaú BBA tem boa expectativa para duas das três companhias.

De acordo com o time de analistas do banco de investimentos, o frigorífico de aves controlado por Marcos Molina deve reportar bons resultados. A previsão é de um lucro líquido de R$ 245 milhões para o quarto trimestre. O mesmo vale para a Suzano, cujo lucro líquido deve atingir R$ 3,6 bilhões segundo contas do Itaú BBA. A expectativa para a Ambev (ABEV3), contudo, é neutra. Veja porquê.

Suzano (SUZB3) e BRF (BRFS3) devem melhorar no quarto tri

Victor Natal, estrategista do Itaú BBA, aponta que a BRF deve se sair melhor no quatro trimestre de 2023 porque fatores sazonais devem “elevar a rentabilidade” do frigorífico.

A companhia deve passar, principalmente, por um incremento da receita líquida em relação ao terceiro trimestre, quando chegou ao faturamento líquido de R$ 13,8 bilhões. Para os últimos três meses do ano passado, o Itaú BBA espera uma receita líquida de R$ 14,5 bilhões.

Em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, dívidas e amortizações na sigla em inglês) ajustado, o Itaú BBA também espera uma melhora. A BRF (BRFS3) deve saltar de um lucro operacional de R$ 1,2 bilhões para R$ 1,7 bilhões.

Além disso, o prejuízo de R$ 262 milhões no terceiro trimestre de 2023 deve ser revertido em lucro no quarto trimestre, conforme estimativas do Itaú BBA. O banco tem avaliação neutra sobre a ação (BRFS3).

Já para a empresa de papel e celulose Suzano (SUZB3), o time liderado por Victor Natal também espera um quarto trimestre positivo sob efeito de sazonalidade. “Esperamos que a companhia reporte resultados mais fortes no trimestre principalmente diante de maiores volumes e preços no segmento de celulose”, diz o estrategista.

Assim, é esperada uma alta de 17% no Ebitda da Suzano na comparação trimestral, de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,3 bilhões. A companhia, assim como a BRF (BRFS3), também deve ter aumento de receita líquida. O Itaú BBA estima uma melhora de cerca de 10% na base trimestral.

O banco espera que a Suzano registre um lucro líquido de R$ 3,6 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 729 milhões no terceiro trimestre. A recomendação para a ação da Suzano (SUZB3) é de compra.

Itaú BBA têm visão “neutra” para resultado da Ambev (ABEV3)

Já para a Ambev (ABEV3), o banco de investimentos considera que os resultados do quarto trimestre devem vir mais estáveis. A visão para o próximo balanço é “neutra”. A produtora de bebidas divulga resultados na próxima quinta-feira (29).

“Para Ambev, projetamos que as divisões Cerveja Brasil e CAC (América Central e Caribe) superem mais uma vez as unidades LAS (América do Sul) e Canadá”, diz Natal, do Itaú BBA.

Nas projeções do banco, a Ambev deve entregar um lucro líquido de R$ 4,6 bilhões, com Ebitda de R$ 7,4 bilhões. Na comparação anual, ou seja, com o quarto trimestre de 2022, o Itaú BBA espera um ganho de 3,1 pontos porcentuais na margem de lucro operacional. Isso representa um aumento de 4,86%.

O banco tem recomendação neutra para as ações da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 17.