Sem tempo? Nossa ferramenta de IA resume para você! Clique abaixo para ler
A Petrobras enfrenta dificuldades inesperadas para obter licenças ambientais do Ibama para explorar a Margem Equatorial. A empresa planeja investir até US$ 3,1 bilhões na região até 2028. A Petrobras busca aumentar a base de investidores pessoa física, que já representa 20% dos CPFs na bolsa.
Prestes a divulgar seu plano estratégico até 2029, a Petrobras (PETR3;PETR4) não deve fazer mudanças significativas sobre o quanto pretende investir na Margem Equatorial. Além disso, não deve divulgar estimativas de quando deve receber a licença ambiental para explorar a Bacia da Foz do Amazonas. A constatação é de Yan Silva, gerente de Relações com Investidores da Petrobras.
Ao conversar com investidores da Nomos, escritório de investimentos da XP, Yan manteve a estimativa de investimento de até US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial. E disse que há dificuldades “acima do esperado” na liberação de licença ambiental pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renovável).
Petrobras vê ‘dificuldade acima do esperado’ com licenças
Silva afirma que a Petrobras (PETR4) vem sentindo “dificuldade acima da esperada” na liberação de licenças do Ibama (Instituto Brasileiro e Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis) para a exploração da Bacia da Foz do Amazonas.
A Petrobras possui seis blocos de exploração na região. Ela fica a 500 quilômetros da foz do maior rio brasileiro, na fronteira da costa entre Brasil e Guiana Francesa.
Além da Bacia de Foz do Amazonas, a Margem Equatorial contempla blocos de exploração da Petrobras no litoral de Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.
“Com o investimento de até US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial até 2028 porque pretendemos perfurar 16 poços até 2028”, diz Yan Lima.
“É surpresa a demora para licença para explorar, estamos acostumados com a exploração em águas profundas”, completa o executivo.
Ele afirma que as licenças do Ibama costumam sair rápido para exploração offshore de ativos. A autarquia ambiental entrou em greve em 2024, o que atrasou o permito para explorações do setor de óleo e gás, além da expansão de produção em campos já maduros.
“Não devemos ter novidade sobre a Margem Equatorial no plano estratégico.”
Petrobras (PETR4;PETR3) busca mais investidores pessoa física
A agenda de Yan Lima na Nomos Investimentos faz parte de um movimento da Petrobras (PETR3;PETR4) de se aproximar cada vez mais do investidor pessoa física.
De acordo com dados do executivo, a Petrobras ultrapassa hoje a marca de 1 milhão de investidores pessoa física na bolsa de valores. Considerando que existem 5,1 milhões de CPF inscritos em ativos de renda variável, a Petrobras está presente em cerca de 20% em carteiras de investidores.
“Hoje, acreditamos que o número de pessoas físicas investindo na ação seja somente menor que o Banco do Brasil (BBAS3)”, afirma Lima.
Assim, a Petrobras vem se aproximando cada vez mais de AAIs (Agentes Autônomos de Investimentos) para aumentar a exposição aos CPFs da bolsa. Já faz 3 anos consecutivos que o investidor pessoa física supera o percentual de investidores institucionais na base de acionistas.
“Há três anos, a pessoa física já está mais dentro do capital social da Petrobras que o institucional. Temos falado com escritórios, a verdade é que hoje é difícil encontrar uma asset do tamanho de um escritório da XP, por exemplo”, afirma Lima.
Por fim, o gerente de Relações com Investidores da Petrobras (PETR4) afirmou que a determinação da estatal para pagar dividendos extraordinários deve ser comunicada junto ao plano estratégico da empresa.
O documento que determina a política de investimentos da companhia para 2025 a 2029 será divulgado em 21 de novembro, e é aguardado pelo mercado.