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O melhor está por vir? Santander prevê Ibovespa a 160 mil pontos em 2024
Empresas citadas na reportagem:
Mesmo após o recente rali, o Ibovespa ainda está abaixo dos níveis históricos e pode alcançar 160 mil pontos no final de 2024.
Essa é a conclusão do Santander, observando o cenário-base de mais queda de juros no Brasil, início de flexibilização monetária nos Estados Unidos e aumento do lucro das empresas nacionais.
Para Aline de Souza Cardoso, Luane Fontes e Guilherme Bellizzi Motta, bancos, varejistas e produtoras de bens de consumo, prestadoras de serviços públicos, construtoras e empresas de transporte devem liderar o impulso.
Num relatório de mais de 100 páginas, o banco ainda mencionou que grandes investidores globais ainda detêm uma baixa exposição a ações brasileiras, mas que isso tem boas chances de mudar.
“Apesar da alta recente, o Brasil continua sendo um dos mercados de ações mais atraentes da região”, afirmou o Santander.
Se isso se comprovar, o principal índice acionário brasileiro poderia avançar cerca de 23% em relação aos níveis atuais.
Após uma escalada de 12,5% em novembro, o melhor mês em três anos, o Ibovespa agora acumula alta de quase 20% em 2023.
Esse movimento tem sido acompanhando por uma série de revisões para cima de casas de investimentos para o desempenho do índice.
Alavanca dos juros baixos
O principal motor para isso é o ciclo de queda do juro.
Desde agosto, o Banco Central fez quatro cortes de 0,5 na Selic, que caiu de 13,75% para 11,75% ao ano.
Além disso, os diretores do órgão indicaram que manterão o ritmo nas próximas reuniões.
A expectativa dos analistas do Santander é de que a taxa básica cairá para 9,5% anuais em meados do ano que vem.
Com o custo de capital em queda e melhora do consumo, as empresas da B3 podem ter aumento de 15% dos lucros em 2024.
Neste ano, o lucro das componentes do Ibovespa deve cair 20%, nas contas dos analistas do Santander.
Por segmentos, setores que o relatório prevê como destaques no aumento dos lucros do ano que vem estão educação (+178%), Transportes (+91%) e varejo (+89%).
Adicionalmente, nas últimas semanas cresceram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), começará a cortar juros no começo de 2024, o que teria implicações positivas para ativos de maior risco, como ações.
Fundos ainda na defensiva
Pelas contas do Santander, grandes fundos ainda não pegaram carona na escalada das ações brasileiras.
Ao contrário: as ações representavam em novembro 6,9% dos ativos totais dos fundos pesquisados.
Para efeito de comparação, esse índice era de 10,5% em março de 2021.
Enquanto isso, ativos ligados à Selic respondiam por 12,25% do total no fim do mês passado.
Candidatas a brilharem
Numa abordagem mais ampla, o Santander listou ações que, considera, têm potencial de serem as locomotivas em 2024.
Entre elas estão Mercado Livre (MELI34), Locaweb (LWSA3), Arezzo (ARZZ3), Lojas Renner (LREN3), Localiza (RENT3), Hapvida (HAPV3), Vivara (VIVA3) e Equatorial (EQTL3).
“Elas poderiam passar por uma reclassificação, dado que as expectativas de crescimento futuro não mudaram muito ou são mesmo superiores às dos cinco anos anteriores”, diz o relatório.
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