Quais as melhores ações para investir no curto prazo? Te contamos tudo
Especialistas analisam as empresas listadas na bolsa brasileira e prospectam quais têm boas perspectivas para você investir e ter bom retorno em curto prazo
Uma das recomendações de especialistas antes de se fazer um investimento é que se saiba qual é o objetivo por trás daquela aplicação. Por exemplo, se o objetivo é obter uma renda recorrente ou então correr riscos em busca de maior rentabilidade. Na bolsa de valores, isso se repete, e há desde investimentos de longo prazo, que miram dividendos, até aplicações de tiro mais curto mirando valorização. Para este último objetivo, é importante saber quais as melhores ações para investir a curto prazo.
A renda variável pressupõe uma dose de risco e de imprevisibilidade. Para driblar esse cenário, analistas se esforçam para estudar as empresas e os movimentos de mercado para antecipar as ações de companhias que vão performar melhor. No entanto, vale ressaltar, as recomendações tratam do resultado dessa análise, que não está imune a surpresas e fatores inesperados. Então, leia e avalie com parcimônia, sempre atento ao seu perfil de investidor.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
A Inteligência Financeira reuniu as recomendações de Celso Grisi, professor da FIA Business School, e a carteira Excess, do banco BTG Pactual, que tem como foco os investimento de curto prazo. Os especialistas propõem diferentes ações e detalham as razões para se escolher esta ou aquela empresa neste momento.
Vale saber, inclusive, que as recomendações de Grisi foram enviadas à Inteligência Financeira no último dia 18 de agosto. Já a versão mais recente da carteira Excess foi publicada por um conjunto de 7 analistas do BTG Pactual em 15 de agosto.
Últimas em Ações
Ações para investimento a curto prazo
Primeiramente, as recomendações de Celso Grisi, professor da FIA Business School sobre as melhores ações para investir a curto prazo.
Empresa | Ticker |
Marfrig | MRFG3 |
Itaú | ITUB4 |
Vivo | VIVT3 |
Gerdau | GGBR4 |
Rede D’Or | RDOR3 |
Mitre | MTRE3 |
Marfrig (MRFG3)
Para o professor Celso Grisi, as dificuldades enfrentadas recentemente pela Marfrig (MRFG3) nas negociações com a China deixaram as ações da empresa mais baratas do que o potencial da companhia. “Para o curto prazo é um investimento bom, a ação está muito barata em razão desses episódios e pode voltar a ter uma boa cotação na bolsa”, avalia.
O especialista estima a reação da empresa para um prazo de 60 a 90 dias. Um fator que tende a impulsionar a Marfrig, avalia, é que “a economia chinesa soltou agora um plano agressivo de incentivos e deve provocar um aumento de consumo”.
A conexão com a China, que tem o potencial de ser positiva no curto prazo, por outro lado, faz com que a ação ainda não seja recomendável para períodos mais longos. “Ainda não é uma ação recomendada para o longo prazo em razão dessa dependência do mercado chinês”, explica.
Itaú Unibanco (ITUB4)
Para o especialista, a ação da instituição financeira é recomendável “para o curto, para o médio e para o longo prazo”. “É uma ação que tradicionalmente distribui bons dividendos. Isso é ótimo para quem quer investir”, explica Celso Grisi.
De acordo com o professor da FIA, a dica do investimento no curto prazo especialmente é porque os papéis da empresa “tem chance de subir razoavelmente e remunerar bem a aplicação”. “Com um bom valor de compra, potencial de crescimento e, além disso, uma boa distribuição de dividendos é uma ação para indicar”, completa.
Vivo (VIVT3)
“É uma empresa bem administrada, com boa distribuição de dividendos e o preço me parece razoável”, resume o especialista. “O caso da Vivo (VIVT3) é curioso porque é uma empresa sólida, que distribui quase o total dos lucros entre os sócios”, prossegue Celso Grisi.
Da mesma maneira, o investimento nesse momento na companhia seria justificável, alega o professor, pela empresa ter “uma demanda boa, com o mercado em recuperação”. Ele também cita uma boa projeção de futuro para a Vivo, uma vez que a empresa tem investimentos sólidos na tecnologia 5G e também por ser uma empresa global.
Gerdau (GGBR4)
Para o professor Celso Grisi, a Gerdau (GGBR4) enfrenta a redução da demanda por aço em função da retração na China e também na União Europeia. No entanto, o especialista pondera que o setor imobiliário chinês promete uma recuperação e que no Brasil “esse setor começa a andar muito mais rápido do que nós imaginamos”.
De acordo com Grisi, a Gerdau tem uma alavancagem muito baixa e as ações estão subavaliadas hoje pelo mercado. “É uma empresa que está muito bem estruturada, com um belo modelo de governança”, argumenta.
Rede D’Or (RDOR3)
O especialista acredita que o preço da ação está atualmente atrativo, tendo passado por uma tendência recente de baixa. Ele cita as observações sobre a saúde financeira da empresa, que passou por aquisições e recentemente fez ajustes em suas contas, mas afirma que trata-se de uma companhia sólida.
“Nesses últimos momentos, com as aquisições que fez e com os ajustes que está fazendo, ela acabou perdendo um pouco a sua saúde financeira. Entretanto, é uma empresa consolidada, com recursos e com uma ótima expectativa para um prazo de 60 ou 90 dias”, avalia.
Para Celso Grisi, pesa a favor da Rede D’Or (RDOR3) o fato de ter construído uma rede de atendimento grande e de padrão de atendimento elevado. Assim, mirando um público com bons convênios e com uma demanda por um bom atendimento. “Ela tem preços remuneradores e uma margem boa”, avalia.
Mitre (MTRE3)
De acordo com o especialista, a Mitre (MTRE3) usa suas marcas com habilidade para alta renda, mas também tem investimentos que miram consumidores de perfil mais popular. “Esse mercado está bastante promissor nesse momento em razão dos financiamentos ou por conta dos investimentos que pessoas de classe mais alta estão fazendo em imóveis”, explica Celso Grisi.
Uma vez que os preços, diz o professor, estão mais competitivos e convidando para esse tipo de investimento, esse é um bom momento para a Mitre. “É uma ação que distribui dividendos de uma maneira muito boa. E, por outro lado, tem uma solidez grande e pode obter agora com esse novo momento lucros crescentes, e com isso, o valor da sua ação passar a obter recuperações grandes nos próximos meses”, conclui
Melhores ações para investir a curto prazo, segundo carteira do BTG
Todos os meses, analistas do banco BTG Pactual formulam a carteira Excess, voltada para investimento em ações a curto prazo. O relatório de agosto é assinado pelos analistas fundamentalistas Bruno Lima, Vitor Melo, Luis Mollo e Marcel Zambello e pelos analistas técnicos Lucas Claro, Otto Sparenberg e Lucas Costa.
Empresa | Ticker |
Arezzo | ARZZ3 |
B3 | B3SA3 |
CCR | CCRO3 |
CPFL Energia | CPFE3 |
Cosan | CSAN3 |
Cury | CURY3 |
Itaú | ITUB4 |
Vamos | VAMO3 |
Vibra Energia | VBBR3 |
Weg | WEGE3 |
Arezzo (ARZZ3)
Os analistas argumentam que a Arezzo (ARZZ3) vem se beneficiando desde 2021 com a demanda de consumo reprimida durante a fase mais aguda da pandemia da covid-19. Da mesma maneira, consideram que a empresa vem apresentando uma expansão relisiente no mercado local e que se destacou por adicionar ao portfólio marcas como Vans e Reserva.
B3 (B3SA3)
O BTG Pactual ressalta que a B3 (B3SA3) não só tem margens muito altas como também é uma grande geradora de caixa e paga tudo isso aos seus acionistas. “Há muito tempo reiteramos a B3 como uma de nossas opções preferidas para ativar o modo ”risk-on’ nos mercados de capitais do Brasil, uma tese que acreditamos que continuará a funcionar bem no curto prazo com o iminente ciclo de afrouxamento monetário”, escrevem os analistas.
A perspectiva de queda da taxa Selic e a possível migração de capital para a bolsa, portanto, pesa de forma positiva para as ações da empresa.
CCR (CCRO3)
De acordo com o relatório, a CCR (CCRO3) deve se beneficiar do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo governo federal. Isso deve ocorrer uma vez que está previsto um orçamento de R$ 62 bilhões para novas concessões ferroviárias e outros R$ 51 bilhões para as concessões existentes, “sendo a CCR uma potencial beneficiária do programa de leilões”.
Esse movimento ocorre ao mesmo tempo em que a empresa promove melhorias de gestão. “Considerando as notáveis melhorias em governança corporativa e os avanços regulatórios, consideramos a CCR uma tese de investimento atraente”, escrevem, portanto, os analistas.
CPFL Energia (CPFE3)
Outra empresa que aparece na lista das melhores ações para investir a curto prazo é a CPFL Energia (CPFE3). De acordo com o relatório, a empresa vem apresentando fortes resultados operacionais. Por outro lado, anunciou dividendos extraordinários na divulgação de resultados do 2º trimestre de 2023.
“Essa distribuição adicional chama a atenção para a continuidade dessa política voltada para distribuição dos lucros, por isso, esperamos que o mercado siga de perto as decisões de alocação de capital da companhia nos próximos meses”, escrevem os analistas.
Cosan (CSAN3)
A Cosan (CSAN3) possui “exposição a setores onde o Brasil possui vantagens competitivas, tornando-se boa referência de longo prazo”, avaliam os especialistas. Da mesma maneira, a alavancagem da empresa parece estar se aproximando do pico. Portanto, considera o BTG, “isso deve ser um bom presságio para nossa tese de que a empresa poderá começar a transferir valor da dívida para o acionista em breve.”
Cury (CURY3)
Como resultado das recentes mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, com aumento nos subsídios, a Cury (CURY3) deve se beneficiar por estar bem posicionada para aproveitar esse momento. Isso uma vez que “a empresa está entregando margens altas e tem um forte pipeline de projetos a serem lançados em 2023”.
Itaú (ITUB4)
Os analistas recomendaram as ações do banco tendo como “principal ponto positivo em relação aos pares a qualidade dos ativos”. A carteira ressalta que o banco tem demonstrado resultados consistentes e previsíveis. Da mesma forma, constata-se que a inadimplência se manteve estável, superando a expectativa, que era de alta com a sazonalidade recorrente do início do ano.
Vamos (VAMO3)
Os analistas citam cinco razões que fazem da empresa uma boa oportunidade de compra. Em comparação com concorrentes, a Vamos (VAMO3) apresenta condições de compra superiores, capacidade comercial única, rede de venda de ativos usados sem paralelo, oportunidade de “oceano azul” com baixa penetração do aluguel de caminhões e máquinas no Brasil e baixa concorrência comparativamente.
Vibra Energia (VBBR3)
De acordo com a visão expressada no relatório, a atual precificação da Vibra (VBBR3) desconsidera “o cenário topdown de um setor mais favorável à frente, mas também importantes marcos específicos da empresa que irão impulsionar geração de caixa e acelerar o crescimento dos lucros”. Assim, citam a liberação esperada de capital de giro com a venda da ES Energia e a entrada de créditos tributários monetizáveis como caminho para uma desalavancagem mais rápida.
Weg (WEGE3)
Primeiramente, os analistas observam que “os fundamentos da Weg estão mais sólidos do que nunca, refletindo a sua entrega de resultados”. Como perspectiva para o cenário atual, prosseguem argumentando que a Weg (WEGE3) deve se beneficiar de diversas tendências de mercado, em especial da mobilidade elétrica, da busca por eficiência energética, da digitalização e automação, e da energia renovável. Portanto, incluem a ação como uma das melhores para investir a curto prazo.