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IPOs no Brasil estão perto do retorno após quase três anos de seca, prevê Anbima
Em 2 de setembro de 2021 a empresa de biotecnologia Vittia (VITT3) fez sua estreia na B3, no meio da pandemia da Covid-19, com um IPO.
O episódio coroou um ano dourado para a bolsa brasileira.
Nas contas do BTG Pactual, foram 46 novas empresas desembarcando no pregão pela primeira vez em 2021, com um total de R$ 66 bilhões.
Fonte: BTG Pactual
Desde então, na esteira de inflação e juros altos aqui e no exterior, incertezas políticas e econômicas, tudo mudou.
Assim, o mercado brasileiro de ações vive uma seca de novas listagens, a maior do pais em 25 anos.
Para a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), contudo, o período de vacas magras está perto do fim.
“É bem possível que a gente tenha IPO ainda neste ano”, disse a jornalistas nesta quarta-feira (17) o presidente da área de mercado de capitais da Anbima, Guilherme Maranhão.
IPO é a sigla em inglês para oferta inicial de ações.
Melhora de cenário
Segundo ele, a melhora das perspectivas econômicas cria um ambiente mais propício para empresas com planos para este tipo de operação.
O juro básico no Brasil estacionou em 10,5% ao ano, o menor nível em quase três anos.
Além disso, cresceram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) começará cortar a taxa básica do país que está no pico em mais de 20 anos, ainda em 2024.
“IPO é um mercado de janelas”, acrescentou Maranhão, sem no entanto oferecer uma previsão ou citar nomes de empresas candidatas.
A reabertura desse mercado seguiria uma tendência internacional.
Segundo o site Stock Analysis, houve 99 IPOs no mercado de ações dos Estados Unidos em 2024 até agora, 16,5% a mais do que no mesmo período de 2023.
Atualmente, não há nenhum pedido de registro para oferta inicial de ações em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Há no entanto duas ofertas subsequentes (de empresas já listadas) em andamento.
Uma é a da Sabesp (SBSP3), na qual o governo de São Paulo está vendendo uma fatia no negócio, selando a desestatização da companhia de saneamento básico.
A outra é a venda de uma fatia da Eletrobras (ELET3) na Transmissão Paulista (TRPL4), operação que deve movimentar de R$ 1,5 bilhão a R$ 3,4 bilhões.
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