Entra BTG (BPAC11) e sai Nubank (ROXO34) na carteira Top 5 do Itaú BBA

O relatório considera que Nubank ainda é uma boa tese de investimento, mas os estrategistas preferiram realizar lucros após a forte alta recente das ações

Após a forte alta recente das ações do Nubank (ROXO34), o Itaú BBA decidiu realizar lucros com o papel e trocá-lo por BTG Pactual (BPAC11) na carteira de 5 ações preferidas no Brasil.

Em relatório nesta quarta-feira (21), Victor Natal e equipe argumentaram que preferem ser mais conservadores no setor de bancos no curto prazo.

“Na nossa visão, o BTG tem um componente de valor que torna a tese mais interessante para uma posição defensiva”, diz o relatório.

De acordo com os estrategistas, o BTG reportou resultados sólidos no quarto trimestre de 2023.

No começo do mês, o BTG anunciou que seu lucro ajustado de outubro a dezembro somou R$ 2,8 bilhões, alta de 4% no trimestre e acima da previsão média do mercado.

Além disso, o BTG também (BPAC11) forneceu projeções para a expansão do ROE em 2024.

O índice do BTG no quarto trimestre foi de 23,4%, o melhor do setor.

O ROE é a sigla para retorno sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital dos acionistas.

Nova composição da carteira

Com a troca, a carteira com as cinco principais apostas do Itaú BBA em ações brasileiras ficou assim:

Empresa SetorPreço justo
em R$
Potencial
de alta
Prio
(PRIO3)
Energia5825,5%
SLC
(SLCE3)
Commodities2315,2%
BTG Pactual
(BPAC11)
Bancos4315,4%
Sabesp
(SBSP3)
Saneamento83,602,8%
Cyrela
(CYRE3)
Construção Civil3347%
Fonte: Itaú BBA

Nubank (ROXO34) esticado

Natal e equipe consideraram que Nubank (ROXO34) ainda é uma boa tese de investimento.

Porém, observaram, o papel subiu cerca de 26% desde que entrou no portfólio, comparado com a alta de cerca de 15% do Ibovespa no mesmo período.

“Preferimos realizar os lucros neste momento e voltar para a tese de Nubank em um momento mais atrativo”, afirma o relatório.

O que é o Top 5

A carteira Top 5 é destinada a investidores interessados em oportunidades de médio prazo, com apetite para risco acima da média e que tenham conforto com alta volatilidade.

O portfólio é atualizado regularmente. Cada ativo responde por 20% da carteira.

A escolha de cada ação leva em conta a análise fundamentalista e o momento de mercado de cada empresa.

Adicionalmente, o objetivo é buscar um retorno absoluto, ou seja, não visa a superar um indicador específico.

Mas, desde que surgiu, em 2016, o Top 5 acumula valorização de 780%.

Enquanto isso, o Ibovespa teve alta de 218% no mesmo período.

Nos últimos 12 meses, a carteira deu o equivalente a Ibovespa mais 1,2%.

Já no acumulado de 2024 até a terça-feira (20), dá o índice +9%.