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Rumores indicam que a Petrobras pode reduzir custos de capital em 2025, possibilitando o pagamento de dividendos extraordinários. Itaú BBA e Santander estimam que os dividendos podem se aproximar de 15%. Sem o dividendo extraordinário, a estimativa é de que o dividendo caia para até 11%. A redução de Capex aumentaria o fluxo de caixa livre, permitindo à Petrobras pagar 45% desse fluxo aos acionistas, conforme sua política de remuneração.
Com rumores de que a Petrobras (PETR3;PETR4) pode reduzir estimativas de custos de aquisição de capital para 2025, o mercado financeiro vê espaço para que a estatal pague, mais uma vez, dividendos extraordinários para o ano que vem. Assim, Itaú BBA e Santander afirmam que os dividendos da petroleira podem se aproximar de 15%.
Sem o dividendo extraordinário, a estimativa é de que o dividendo da Petrobras para 2025 caia em relação ao valor pago neste ano. A empresa deve sair de um dividend yield de quase 20% para até 11%. Mas, se houver redução de Capex, os bancos afirmam que a Petrobras não teria onde gastar o dinheiro e pode reforçar o caixa.
Redução de Capex aumenta teto de proventos da Petrobras
Os analistas veem uma suposta redução de Capex como positiva para acionistas da Petrobras (PETR3;PETR4). A notícia de que o custo de aquisição de capital cairia de R$ 25 bilhões para R$ 17 bilhões no plano quinquenal da empresa, a ser divulgado entre novembro e dezembro, foi dada pela agência de notícias Reuters.
De acordo com o Santander, a atualização de despesa deve permitir à diretoria executiva da Petrobras alterar a estrutura de capital da companhia com “maior liberdade”.
Além disso, deve aumentar a expectativa de que a Petrobras continue a pagar dividendos extraordinários em 2025. O Santander tem recomendação de compra para as ações da Petrobras ON e PN (PETR3;PETR4)
“Acreditamos que a Petrobras também pode elevar o limite de endividamento permitido para além do patamar atual de US$ 69 bilhões. E dar mais transparência da posição de caixa, que projetamos em US$ 8 bilhões.
Tudo isso corrobora para o pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras em 2025. Mas o banco também crê num pagamento fora do cronograma ainda neste ano.
“Acreditamos que as mudanças serão bem recebidas pelo mercado e podem destravar pagamentos extraordinários em 2025, em meio à necessidade do governo de solucionar a questão fiscal“, dizem os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, do Santander.
Com dividendo extraordinário, Petrobras pode pagar quase 15%
Na avaliação do Itaú BBA, os dividendos extraordinários podem levar a Petrobras a pagar 14,6% do valor de sua ação a investidores em 2025.
Ainda é, contudo, uma redução das projeções mais conservadoras de dividend yield da Petrobras em 2024.
O Itaú, assim, reforça que a alta de dividendos viria porque a Petrobras deve embolsar o dinheiro de redução de Capex no caixa. Isso, por consequência, aumenta o fluxo de caixa livre da petroleira.
De acordo com sua política de remuneração de acionistas vigente, inclusive de dividendos extraordinários, a Petrobras (PETR4) pode pagar 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas.
“Neste cenário, projetamos um fluxo de caixa livre de 17,1%, enquanto nossa estimativa anterior era 16%”, diz a equipe de analistas do Itaú BBA, liderada por Monique Greco. “E um dividend yield ordinário de 12,7% contra a expectativa anterior de 11,9%.
Isso implicaria, conclui Greco, em um dividend yield total de 14,6% para a Petrobras em 2025.