Credit Suisse corta preços-alvos de Rede D’Or (RDOR3) e SulAmérica (SULA11)

Banco vê setor de saúde pressionado nos próximos trimestres

Star, marca premium do grupo hospitalar Rede D’Or. Foto: Divulgação
Star, marca premium do grupo hospitalar Rede D’Or. Foto: Divulgação

O Credit Suisse cortou o preço-alvo de Rede D’Or (RDOR3) de R$ 46 para R$ 41, potencial de alta de 23,1% sobre o fechamento da última sexta-feira, e de SulAmérica (SULA11) de R$ 35 para R$ 31, potencial de alta de 25,6%, reiterando recomendação de compra para as duas. Manteve também recomendação de compra para Hapvida (HAPV3), com preço-alvo em R$ 9,50.

Os analistas Mauricio Cepeda e Pedro Caravina escrevem que as turbulências nas taxas de utilização do setor causadas pela pandemia e das incertezas macroeconômicas afetaram o equilíbrio financeiro do setor e que isso deve demorar alguns trimestres para ser corrigido.

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“Os tíquetes estão desbalanceados desde o início da pandemia, com inflação, frequência e as dificuldades para renegociação”, comentam. Isso aumenta a taxa de sinistralidade, o que traz um pouco de racionalidade para o setor. A utilização dos serviços continua alta, o que mantém custos elevados.

O banco acredita que os fundamentos de longo prazo da Rede D’Or se mantém inalterados, mas a tese tem poucos gatilhos no curto prazo. Os tíquetes ainda não aumentaram por conta de mudanças no mix, com a entrada em operação de novos hospitais, que ainda estão crescendo operacionalmente.

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No caso de SulAmérica, que está em processo de fusão com a Rede D’Or, o Credit Suisse vê que os tíquetes da empresa continuam a melhorar cerca de 3% por trimestre, mas ainda não o suficiente para compensar o desbalanceamento na taxa de utilização, pressionando suas margens.

Sobre Hapvida, os analistas veem que o momento de crescimento está favorável, com a escala da empresa se sobrepondo às pressões macroeconômicas. No entanto, a sinistralidade se mantém alta, com a inflação aumentando custos em meio às taxas de utilização elevada.

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