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Carrefour Brasil (CRFB3) confirma que falta carne no Atacadão
Empresas citadas na reportagem:
O Carrefour Brasil (CRFB3) confirmou nesta terça-feira (26) que vem faltando carne na sua rede desde a semana passada.
“Desde a última quinta-feira (21), as entregas de carne bovina nas lojas do grupo (…) não ocorreram conforme programadas’, afirmou a rede em fato relevante.
“Desde então, experimentamos desabastecimento de alguns cortes de carnes nas lojas
da bandeira Atacadão”, acrescenta o documento.
O grupo afirmou ainda que, nas lojas de varejo e no Sam’s Club, o nível de ruptura está “dentro do normal”.
Carrefour (CRFB3): carne forte, abastecimento fraco
O anúncio ocorre na sequência de imbróglio que teve origem na semana anterior.
Na ocasião, o presidente global do grupo francês, Alexandre Bompard, afirmou que a carne vinda do Mercosul não atenderia às suas exigências e normas.
Por isso, em comunicado, escreveu que o Carrefour não compraria “nenhuma carne do Mercosul” para venda na França.
A medida gerou reação imediata de frigoríficos brasileiros, que suspenderam o fornecimento de carne bovina para o grupo.
Nesta terça-feira, Bompard emitiu carta pedindo desculpas ao governo brasileiro pelo ocorrido e reiterando que a carne brasileira é de “alta qualidade”.
Logo em seguida, a empresa afirmou que o cronograma de entregas de carnes bovinas foi retomado e que espera normalização nos próximos dias.
De todo modo, casas de investimentos, como o BTG Pactual, previram que o caso deve impactar as vendas do Carrefour no Brasil neste quarto trimestre.
Para tentar acalmar investidores, o grupo afirmou que as carnes bovinas representam menos de 5% das vendas brutas do grupo no país.
O Carrefour admitiu que o fornecimento de carne para sua rede é concentrada, mas não divulgou números.
Enquanto isso, em relatório na segunda-feira, o Goldman Sachs afirmou que a JBS (JBSS3) fornece cerca de 80% da carne vendida pelo Carrefour.
O episódio acontece em meio a um fraco desempenho da varejista na bolsa de valores, com CRFB3 acumulando queda de 44% em 2024 até esta sessão de hoje na B3.
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