Bolsas Europeias fecham em alta com PIB da zona do euro

Manutenção da taxa de desemprego no Reino Unido e queda do preço da energia na zona do euro estimularam as bolsas nesta terça (14)

Os principais índices acionários do continente europeu encerraram a sessão majoritariamente em alta nesta terça-feira, sustentados pelo Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que sinalizou que a região deve evitar uma recessão durante o inverno.

Porém, as bolsas perderam parte dos ganhos registrados pela manhã após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que veio mais alto do que o projetado pelo consenso, indicando que o Federal Reserve (Fed) deve seguir elevando os juros – o que abre também as portas para mais altas pelo Banco Central Europeu (BCE).

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,23%, a 463,08 pontos.

O índice DAX, de Frankfurt, teve queda de 0,11%, a 15,380,56 pontos e o FTSE 100, de Londres, registrou alta de 0,08%, a 7.953,85 pontos.

O francês CAC 40 contabilizou avanço de 0,07%, a 7.213,81 pontos. Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento de viagens e lazer teve alta de 1,14%.

Euro e libra

Às 13h45, o euro recua 0,14%, a US$ 1,07159, enquanto a libra tinha queda de 0,02%, a US$ 1,21456.

Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, subia 0,09%, a 103,44 pontos.

EUA divulga inflação de janeiro

Os investidores avaliaram de forma positiva a publicação do PIB da zona do euro, que teve alta de 1,9% em base anual, no último trimestre de 2022, na segunda leitura preliminar. Além disso, o PIB cresceu 0,1% de outubro a dezembro em comparação com o trimestre anterior. Os dois dados ficaram em linha com o consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

O dado trimestral marca uma desaceleração em relação à expansão de 0,3% registrada no terceiro trimestre, mas coloca a região no caminho para evitar uma recessão neste inverno, definida como dois trimestres consecutivos de queda na produção.

Já o CPI dos EUA subiu 0,5% em janeiro ante dezembro, acima da previsão de alta de 0,4% e acelerando ante o ganho mensal anterior de 0,1%. O núcleo do indicador aumentou 0,4% no mesmo período, também acelerando após a alta passada de 0,3%. Na base anual, os ganhos foram de 6,4% no índice cheio e de 5,6% no núcleo, ambos acima das expectativas do mercado, mas desacelerando em relação aos dados de dezembro.

“Os números de hoje confirmam a repetida advertência do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que o trabalho do Fed ainda não está concluído porque a inflação continua muito alta. Assim, um novo aperto moderado da política monetária está sobre a mesa. Continuamos a prever que o Fed aumentará as taxas de juros em 0,25 ponto percentual nas próximas duas reuniões”, apontou um relatório do Commerzbank.

Desemprego no Reino Unido

Além disso, a taxa de desemprego do Reino Unido ficou em 3,7% nos três meses até dezembro, inalterada em relação à taxa registrada nos três meses até novembro. O ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, apontou que o resultado mostra “um sinal encorajador de resiliência do mercado de trabalho”.

Preço da energia cai

Com a melhora nos indicadores e a diminuição dos preços de energia, as bolsas europeias estão registrando ótimo desempenho no começo do ano, segundo uma pesquisa do Bank of America.

Cerca de 63% dos investidores veem o enfraquecimento da crise energética como o principal impulsionador da recuperação das ações europeias, seguido pela reabertura da China com 16%, de acordo com o estudo mais recente.

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