Bolsas dos EUA caem com teto da dívida e ata do Fed no radar

Surpresa com inflação do Reino Unido também impactam as bolsas em Nova York

As bolsas dos EUA operam em queda nesta quarta-feira (24) com investidores cautelosos diante do impasse do teto da dívida dos Estados Unidos.

Além disso, contribui para o aumento do temor ao risco a expectativa pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed).

No Reino Unido, uma inflação ao consumidor (CPI) acima do esperado também pesa nas mesas de operações.

Às 11h (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,61%, o S&P descia 0,71%, e o Nasdaq desvalorizava 0,66%.

Risco ‘mais suave’

O BMO comenta que o tom de risco “abre no lado mais suave esta manhã”, com as ações modestamente mais baixas, devido às manchetes menos otimistas do teto da dívida nas últimas 24 horas, “bem como uma surpresa significativa nos dados de inflação do Reino Unido”.

O presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, disse ontem que os dois lados “não estão nem perto” de um acordo, e, até agora não há previsão oficial de retomada das conversas.

CPI no Reino Unid

Já no Reino Unido, o CPI subiu 8,7% em abril em comparação com o mesmo mês do ano anterior, acima do consenso de 8,2%. Já o núcleo dos preços ao consumidor – uma medida que exclui as categorias voláteis de alimentos e energia – foi de 6,8% em abril, também no ano, ante 6,2% no mês anterior e bem acima das expectativas de 6,1%.

“Esperamos agora que o Banco da Inglaterra (BoE) aumente as taxas de juros mais do que pensávamos anteriormente, de 4,50% agora para um pico de 5,25%. Isso torna mais provável uma recessão em algum momento”, diz a Capital Economics.

Ata do Fed

Ainda, há expectativa pela ata do Fed. Porém, após a divulgação, o BMO diz não esperar uma reação significativa do mercado,” dada a natureza datada das atas do Fed, bem como a expectativa amplamente aceita de que a ata prepararia uma pausa na reunião de junho”.

“O principal ponto de interesse de hoje é uma análise mais profunda da visão do Fomc sobre o estresse bancário regional e o impacto que isso pode ter na política monetária daqui para frente”, diz o banco canadense.

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