Balanço da Nike leva analistas a cortarem recomendações; ação cai mais de 20%

Empresa ficou abaixo das estimativas de vendas para o quarto trimestre fiscal, segundo dados divulgados ontem, e reduziu sua projeção de receita para o atual ano fiscal

Antes da divulgação dos resultados da Nike, havia um otimismo crescente em Wall Street de que a empresa estava deixando o pior para trás. Mas essa boa vontade praticamente evaporou nesta sexta-feira (28), colocando as ações no caminho para a maior queda percentual em mais de duas décadas.

A Nike ficou abaixo das estimativas de vendas para o quarto trimestre fiscal, segundo dados divulgados ontem, e reduziu sua projeção de receita para o atual ano fiscal.

Pelo menos cinco analistas rebaixaram suas indicações sobre as ações da Nike após a divulgação do resultado, e outros reduziram seus preços-alvo. De acordo com a FactSet, o preço-alvo médio das ações da Nike é de US$ 97,29, abaixo dos US$ 110,77 de apenas um mês atrás.

“O relatório do quarto trimestre fiscal da Nike indicou que suas tendências fundamentais são muito piores do que imaginávamos”, escreveu Jay Sole, analista do UBS, em uma nota rebaixando as ações da Nike de compra para neutro nesta sexta-feira. “Nossa principal conclusão é que não haverá uma recuperação rápida dos lucros da Nike.”

Há pouco, as ações da Nike caíam 20,4%, para US$ 74,97, a caminho de sua maior queda percentual desde fevereiro de 2001, quando a empresa anunciou que o lucro do terceiro trimestre ficaria abaixo das expectativas, depois que problemas de funcionamento de software levaram a desafios de produção. Seria também o preço de fechamento mais baixo da ação desde março de 2020.

Com informações do Valor Econômico