Saiba quais ações da bolsa de valores os fundos de multimercado mais investem no Brasil
Quais são as ações da bolsa brasileira que o fundos de multimercado mais investem?
A resposta é difícil, umas vez que os gestores podem esperar até seis meses para reportar as suas posições para a CVM.
Sendo assim, qualquer tentativa de resposta do tipo é obtida olhando-se o retrovisor.
O que acontece, porém, é que ao olhar para o passado é possível entender algumas tendências. E um levantamento da Quantum Finance oferece um bom quadro para compreender a cabeça dos gestores brasileiros.
Ações dos fundos de multimercado
Numa seleção das ações que os fundos de multimercado mais investiram entre janeiro de 2019 e abril de 2024, o que se vê são poucas novidades.
Nomes como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) lideram, mostrando um perfil ainda conservador por parte dos portfólios em se tratando de renda variável.
Com a participação do Banco Itaú (ITUB4) e, sempre, uma outra instituição financeira, como Banco do Brasil (BBSA3) ou, mais recentemente, BTG (BPAC11), o ranking é, mais ou menos, muito parecido. Ano após ano.
Vale e Petrobras
Em 2024, por exemplo, as ações da Vale lideraram o apetite dos fundos multimercados entre janeiro e abril. Essa é a última janela disponível de observação.
A média mensal de fundos que aplicaram dinheiro nos papéis da Vale ficou em 708, com um valor médio investido de R$ 4,37 bilhões.
Em seguida, surgem Itaú e Petrobras, com média de fundos de 514 e 505, respectivamente, no período. Itaú tinha um valor médio de R$ 3,6 bilhões nas mãos dos fundos. E Petrobras, R$ 2,8 bilhões.
Fundos de multimercado lideram saques
Nesta semana, a Anbima, associação de empresas que atuam no mercado financeiro, reportou que os fundos de multimercado continuam sangrando.
Em setembro, todo o setor de fundos registrou captação líquida negativa de R$ 53,9 bilhões.
O desempenho negativo foi puxado sobretudo pelos multimercados.
Nessa categoria, as saídas líquidas foram de R$ 53,9 bilhões, curiosamente o mesmo valor da indústria como um todo.
Setembro marcou, assim, o pior mês do ano para o setor. Desde janeiro, os multimercados acumulam retiradas de R$ 198,2 bilhões.
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