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Ações de construtoras sobem após STF adiar julgamento de FGTS
Empresas citadas na reportagem:
As ações de construtoras subiam na B3 nesta terça-feira (17) após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter adiado o julgamento sobre correção do FGTS.
Tenda (TEND3), Plano & Plano (PLPL3) e MRV (MRVE3) eram alguns dos destaques positivos da sessão, com altas de 4,79%; 5,14% e 2,69%, respectivamente, por volta das 12h50.
O adiamento aconteceu após reunião do presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em relatório, o Itaú BBA avaliou que o adiamento eleva as chances de uma solução negociada que evite o pior cenário para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Na previsão do banco de investimentos, o pior cenário seria uma queda de 30% nos recursos para o programa.
O cálculo leva em conta a situação em que o STF decidirá pela mudança do referencial de correção do FGTS.
Atualmente, o rendimento do Fundo de Garantia é de 3% ao ano, acrescida de TR.
Até agora, dois ministros, incluindo Barroso, votaram para que o FGTS passe a ter a mesma correção que a caderneta de poupança, de cerca de 6% ao ano.
Detalhes da mudança
Por um lado, a mudança elevaria a remuneração para os trabalhadores com FGTS.
Porém, o fundo é a principal fonte de recursos para financiar a compra de imóveis populares.
Com o aumento da remuneração, o custo do crédito imobiliário também aumentaria.
Como consequência, menos famílias teriam condições de pagar o financiamento, derrubando a demanda, afetando também as construtoras.
Diante desse quadro, as ações de construtoras especializadas em imóveis populares, como do MCMV, vinham tendo fortes perdas.
No relatório, o Itaú BBA avaliou que o adiamento do julgamento no STF aumenta as chances de que se encontre alternativas para financiamento do MCMV.
“Reiteramos nossa preferência pelas ações DIRR3, CURY3, PLPL3, MRVE3”, afirmou o banco.
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