Ações da Apple sobem, apesar da dificuldade de distribuição do iPhone

Analistas da Apple continuam cortando estimativas de embarques de iPhone para grandes mercados

Os analistas continuam reduzindo suas expectativas para os ganhos da Apple e os embarques de iPhone 14 Pro e Pro Max, enquanto a gigante da tecnologia lida com a recente desaceleração relacionada à covid-19 na fábrica de montagem de Hon Hai em Zhengzhou, China.

A Apple anunciou no início deste mês que a instalação de Zhengzhou está operando com “capacidade significativamente reduzida” e disse que, embora a demanda pelas duas versões de última geração da atual geração de smartphones da empresa permaneça forte, os embarques serão menores do que o previamente antecipado por algum período de tempo não especificado.

Por volta das 16h45 as ações da Apple (AAPL) subiam 0,16% na Nasdaq, para US$ 149,94, revertendo a tendência apresentada ao longo de todo o dia, com as ações operando no vermelho a maior parte do pregão.  

Na B3, os BDRs (AAPL34) avançavam 0,73%, impulsionados também pelo câmbio.

Wall Street reduz estimativas

A natureza incomum da declaração – a Apple raramente comenta sobre seus planos de produção – combinada com a falta de detalhes estimulou Wall Street a reduzir as estimativas de remessa e ganhos para o trimestre de dezembro e para o ano fiscal de setembro de 2023.

Na segunda-feira, o analista do J.P. Morgan, Samik Chatterjee, juntou-se ao desfile de cortes de estimativas, apontando para um rápido aumento nos prazos de entrega para ambos os modelos do iPhone 14 como “indicativo das deficiências de oferta que provavelmente continuarão até o final do ano”.

Chatterjee reduz sua previsão do trimestre de dezembro para os modelos iPhone 14 Pro e Pro Max em 5 milhões de unidades e reduz sua previsão para outros iPhones em 3 milhões, resultando em uma nova previsão de 74 milhões de unidades, abaixo dos 82 milhões. Por outro lado, ele aumentou sua previsão de embarque para o trimestre de março em 5 milhões de unidades, de 56 milhões para 61 milhões, imaginando que alguma demanda será deslocada para frente.

Para o trimestre de dezembro, ele agora vê uma receita total de US$ 121 bilhões e um lucro de US$ 1,91 por ação, abaixo das previsões anteriores de US$ 128 bilhões e US$ 2,14, respectivamente, implicando quedas em base anual de 3% na receita e 9% nos lucros. O consenso estima uma receita de US$ 126 bilhões e lucros de US$ 2,05 por ação.

Para o ano fiscal que termina em setembro, ele cortou sua previsão para US$ 407 bilhões em receita e lucro de US$ 6,25 por ação, um pouco abaixo das projeções anteriores de US$ 409 bilhões e US$ 6,40 por ação, respectivamente.

Dito isso, Chatterjee mantém sua recomendação de compra peso e preço-alvo de US$ 200 para as ações da Apple e afirma que o sentimento sobre as ações pode melhorar no final do ano, à medida que a melhor visibilidade nas perspectivas para os primeiros meses de 2023.

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