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Infidelidade financeira: entenda o que é e como se prevenir
Na última semana, a apresentadora do SBT, Helen Ganzarolli, 43, chocou os internautas e telespectadores ao expor a infidelidade financeira que sofreu do ex-parceiro, César Henrique Kuratomi.
Segundo Helen, um processo judicial contra César, com quem se relacionava desde 2013, já está sendo movido pelo “golpe financeiro e emocional” que ele lhe causou. Mais especificamente, o rombo nas contas bancárias da apresentadora é de cerca de R$ 2,5 milhões, que segundo Helen, foi causado pelo ex-parceiro.
Em vídeo postado em sua rede social, a apresentadora afirma que não foi a primeira pessoa a sofrer um golpe financeiro dado por Kuratomi, mas que está buscando justiça.
Com toda a repercussão do caso, instaurou-se nas redes a discussão sobre infidelidade financeira, uma prática muito comum, mas pouco discutida.
Por isso, com a ajuda da educadora financeira, Lai Santiago, destrinchamos detalhadamente no que consiste essa prática e como você pode se prevenir.
O que é infidelidade financeira?
Diferente do que pode ser imaginado de primeira, a infidelidade financeira não acontece somente em um relacionamento afetivo.
Isso porque, segundo a educadora, a prática se define quando, em uma relação de confiança, o cônjuge, parceiro de negócios ou parente próximo, esconde ou manipula informações sobre as finanças tanto individual, quanto coletiva, com o objetivo de enganar a outra pessoa.
“Essa conduta pode incluir mentir sobre gastos, ocultar dívidas, esconder patrimônio, fazer investimentos secretos, usar ou desviar recursos financeiros em benefício próprio sem a devida autorização ou qualquer outra atividade financeira secreta que possa prejudicar o outro”, explica Lai.
Mentir sobre as finanças ou ocultar informações importantes para enganar o parceiro não só é uma prática infiel, como também um crime.
Segundo Lai, a prática da infidelidade financeira pode ser considerada como uma forma de fraude ou estelionato, crimes de acordo com o Código Penal Brasileiro.
Além disso, o parceiro ou a parceira que cometer esse crime contra o outro, também pode ser processado por violência doméstica. Isso porque, além de afetar a saúde financeira e emocional da vítima, também pode causar problemas graves como endividamento, falência ou perda do patrimônio.
No caso da Helen Ganzarolli, por exemplo, ela deixou claro no comunicado oficial como ficou emocionalmente abalada pelo golpe após anos de relacionamento e como está sofrendo juridicamente com as consequências dos atos do ex-namorado.
Como descobrir a infidelidade financeira?
Já deu para perceber que a infidelidade financeira é uma prática bem grave, certo? Mas, como descobrir se seu parceiro, familiar ou companheiro estão lhe aplicando um golpe?
De acordo com Lai, isto pode ser um pouco difícil. Afinal de contas, vale lembrar que, em todo caso de infidelidade, a pessoa que está sendo infiel fará de tudo para esconder estas ações.
Entretanto, é possível perceber alguns comportamentos que podem indicar que o outro está te enganando.
“Verificar extratos bancários e faturas de cartão em busca de gastos inexplicáveis, observar mudanças no comportamento financeiro do outro, como aumento repentino no uso do dinheiro ou esconder informações sobre as finanças podem ser atitudes e indícios de que algo está errado. Se for necessário, ainda é possível realizar uma auditoria financeira completa”, conta Lai.
Como prevenir a infidelidade financeira?
No final das contas, a prevenção continua sendo o melhor remédio. Por isso, a Lai nos ajudou a elencar algumas dicas para você não precisar passar por um momento tão tenso e traumático quanto o que a Helen está vivenciando. Veja só!
1. Comunicação ainda é a chave
Ter uma comunicação clara e transparente sobre as finanças, desde o início do relacionamento, pode ajudar e muito, porque vai “estabelecer limites e definir responsabilidades financeiras claras, como quem é responsável por pagar quais despesas”, conta Lai.
2. Cada um com a sua conta
Para Lai, o ideal é “manter contas bancárias separadas, e ter também uma conta conjunta para despesas compartilhadas”.
Além disso, guarde suas senhas para você. “Nunca compartilhe suas senhas bancárias, números de cartões de crédito ou outros dados financeiros com outra pessoa, mesmo que seja alguém em quem você confia”, ensina a educadora financeira.
3. Conferir nunca é demais
“É muito importante que você monitore suas contas e faturas de cartão regularmente para poder se averiguar de que não há nenhuma transação suspeita”, explica Lai. Caso encontre algo estranho, entre em contato com o banco imediatamente.
4. Acordos verbais não tem valor legal algum
Sempre que compartilhar suas finanças ou patrimônio com alguém, use contratos e acordos legais. Para Lai, isso pode evitar mal-entendidos e conflitos financeiros no futuro, além de te proteger em caso de fraudes.
Cuidado ao confiar
E mesmo com estas dicas, a gente sabe que, geralmente, em um relacionamento é mais difícil colocar limites, principalmente por haver sentimento e confiança envolvida.
Mas cuidado nunca é demais, certo?
Por isso, Lai indica que, antes de partilharem as finanças, é importante conhecer bem o outro, seus costumes e hábitos financeiros e seu histórico.
O ex-namorado da Helen Ganzarolli, por exemplo, já havia se envolvido em infidelidade financeira contra a ex-namorada, a atriz Flávia Pavanelli. Esse tipo de histórico pode ser um alerta importante para você tomar cuidado.
Portanto, fique sempre atento ou atenta em mais este ponto antes de confiar suas finanças a quem quer que seja.
Colaboração: Daniel Navas
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